sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

hoje começa o I encontro de neurologistas do estado do rio de janeiro

Vai ser no Hotel Glória e ocorre de sexta a domingo, full time, e os temas serão variados, entre eles, temos 2 mesas redondas o TDAH:
**Desempenho escolar e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e Impulsividade em crianças do ensino fundamental. Estudo caso-controle
em crianças do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio
de Janeiro.

** Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade: Um estudo de prevalência
e da associação a sintomas depressivos e violência comunitária.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Dicas para os pais


Dicas para os Pais
Estas recomendações foram elaboradas pela ABDA (www.tdah.org.br) com base na experiência de portadores, familiares e profissionai, devendo ser encaradas como “dicas” que não excluem o acompanhamento por profissional especializado.
Educar um filho com TDAH não é tarefa das mais simples. Paciência, firmeza e disciplina são algumas das características que quem convive com o portador de TDAH precisa ter. Além de seguir com comprometimento o tratamento prescrito pelo médico, há algumas dicas simples que podem tornar a vida dos pais e da criança mais sadia e feliz.
1) O comportamento dos pais não é a causa do TDAH, mas pode agravá-lo. Um lar estruturado, com harmonia e carinho, é importante para qualquer criança, e indispensável para as portadoras de TDAH, que precisam de bastante suporte para superar suas dificuldades.
2) A casa precisa ter regras claras e que sejam seguidas por todos. Os pais atuam como modelos para os filhos, portanto, devem agir como gostariam que ele agisse. Só assim a criança terá parâmetros de comportamento bem definidos e saberá o que é exigido dela.
3) Elogie, elogie, elogie. É sempre melhor dar atenção aos bons comportamentos do que punir sempre que algo indesejável acontece. Não espere pelo comportamento perfeito, valorize pequenos passos alcançados. Lembre-se que ela está sempre tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue. Crianças portadoras de TDAH tendem a ser muito criticadas, rotuladas de bagunceiras, e desobedientes e podem se sentir frustradas por não conseguir corresponder às expectativas dos adultos. Ofereça atenção e carinho ao seu filho.
4) A dica número 3 não é sinônimo de permissividade. Dar carinho e atenção não significa deixar de educar com firmeza, impondo limites quando necessário. A criança precisa aprender a cumprir regras e o respeito a elas deve ser exigido. Leia sobre o assunto para entender o que se passa com seu filho e qual a melhor maneira de ajudá-lo. Compreenda as suas limitações, não exija demais dele, e invista em suas potencialidades.
O psiquiatra, o neurologista e o psicólogo especializados em TDAH são sempre a melhor fonte para recomendar livros, textos e sites relacionados. Fonte: site da ABDA - Associação Brasileira de Déficit de Atenção e Hiperatividade

Eventos que vão acontecer sobre TDAH

quer saber mais? ACESSE: http://www.orkut.com/CommEvents.aspx?cmm=44828382
Eventos
Início > Comunidades > TDAH - da criança ao adulto > Eventos
TDAH - depoimentos de portadores e familiares
Evelyn
Vila Trade Center - Vila Isabel
Rio de Janeiro
15 horas atrás
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Identificando o TDAH
Evelyn
Auditório da Unimed
Volta Redonda
em 2 semanas
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TDAH
Evelyn
a ser informado
São Paulo
em 2 semanas
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ABDA-RJ - Grupo de Apoio a Pais e Portadores
Evelyn
Centro Médico- R. Dep. Soares Filho, 125 - Tijuca
Rio de Janeiro
em 4 semanas
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Encontro de Pais - limites na educação
Evelyn
Auditório da Unimed
Volta Redonda
em 1 mês
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Curso de Atualização em TDAH
Evelyn
Hotel Atlântico Copacabana
Rio de Janeiro - Copacabana
em 2 meses
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novo evento 0) _reportItems(document.eventsForm, 1, 'Os eventos informados vão ser excluídos automaticamente. Tem certeza?', 'report_events'); return false;" href="javascript:void(0);">denunciar spam

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Tratamento gratuito do TDAH no Rio Grande do Sul

O programa de Transtornos de Déficit de Atenção/Hiperatividade (PRODAH) é uma área de atividades do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência e do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) dedicada ao ensino, pesquisa e atendimento a pacientes com o transtorno.
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um problema de saúde mental bastante freqüente em crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo. As pesquisas internacionais e nacionais indicam uma prevalência (freqüência) do transtorno entre 3 a 6% na população de crianças em idade escolar e 2,5% dos adultos. Isto significaria dizer que teríamos entre um a dois indivíduos com TDAH nesta faixa etária em uma classe de 30 alunos e cerca de 60% destes manterão o quadro na vida adulta. Os sintomas característicos do transtorno apresentam-se em duas grandes áreas: a da atenção e a do controle da atividade motora e dos impulsos.
As crianças e adolescentes com TDAH apresentam prejuízos claros no seu funcionamento escolar e social. Assim, ao longo do desenvolvimento, o TDAH está associado com um risco aumentado de mau desempenho escolar, repetências, expulsões e suspensões escolares, relações difíceis com familiares e colegas, desenvolvimento de ansiedade, depressão, baixa auto-estima, problemas de conduta e delinqüência, experimentação e abuso precoces de drogas, acidentes de carro e multas por excesso de velocidade, assim como dificuldades de relacionamento na vida adulta, no casamento e no trabalho.

ABDA Rio de Janeiro - grupo de apoio a pais e portadores

ABDA Rio de Janeiro
Grupo de Apoio a Pais e Portadores

Dia: 25 de março de 2008, Horário: das 19:00h às 21:00h
Local: Centro Médico 125 - R. Dep. Soares Filho, 125 - Tijuca - RJ
Coordenação: Psiquiatra Kátia BeatrizInscrições

- Informações: ABDA - (21) 229509.21 - Vagas Limitadas
DATA - HORÁRIO
LOCAL
31/05 - 19:00 às 21:00h -Centro Médico 125 - R. Dep. Soares Filho, 125 - Tijuca - RJ
29/07 - 19:00 às 21:00h - Centro Médico 125 - R. Dep. Soares Filho, 125 - Tijuca - RJ
20/09 - 19:00 às 21:00h - Centro Médico 125 - R. Dep. Soares Filho, 125 - Tijuca - RJ
25/11 - 19:00 às 21:00h - Centro Médico 125 - R. Dep. Soares Filho, 125 - Tijuca - RJ

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O TDAH apresenta tratamento eficaz e quando recebe...":
Boa tarde a todos, na verdade gostaria de fazer um breve depoimento seguido de pergunta. tenho 23 anos e pelo q tenho lido até agora, o que sempre achei ser um mal da minha personalidade, uma limitação própria, que me condenava a ser inferior aos "mais espertos" pode ser TDAH. não tenho hiperatividade, pelo contrário, sou muito calmo, as pessoas dizem q nada pode me tirar do sério. Esqueço td a todo momento, minha cabeça parece que não pára, pensando em coisas q poderia fazer, dizer, estudar... e se isso fosse assim... e se aquilo...etc. Tenho fama de esquecido e atrasado. Me culpo muito por isso.
As vezes acho q me vejo inferior as minhas capacidades, o q consideraria auto-estima baixa..., esqueço nomes na hora q mais preciso usá-los. o medo de esquecer me faz deixar de abordar pessoas, pela vergonha (vão descobrir quem sou de verdade, não vão gostar), me tornando introspectivo em ambientes de pessoas q conheci a pouco, enquanto em ambientes q já conheço, sou tido como simpático e querido. No entanto não tive mau desempenho escolar na infância, pelo contrário, me lembro de um dia q sai chorando da sala, pq não sabia uma questão (ia tirar 9). Nunca fiquei em recuperação. Mas nessa mesma época, já me esquecia muito de pequenas tarefas q acabaram de ser passadas, aliás meu pai brigava muito comigo por isso: PRESTA ATENÇÃO MENINO!!!!!! Estou concluindo Contábeis, Fui aprovado em 3 concursos públicos de nível técnico (técnico em contabilidade),mas já trabalhei na área privada, onde tb tive exito .
Esquecia os detalhes das minhas coisas pessoais, mas sempre fui dedicado ao trabalho. Me identifico muito qdo dizem q o TDHAI´s quando se sentem desafiados e motivados tem capacidade de hiperconcentração... acho q isso me ajudou nesse sentindo, pois devo ter me motivado nos estudos e no aprendizado técnico. Não sei os estados e capitais brasileiros, mas tenho facilidade com assuntos específicos em contabilidade p.ex, q admiram meus colegas e professores. Pergunta: Pode uma pessoa com TDAH não ter tido problemas escolares na infância e ser bem sucedido, academicamente falando??
Abraço a todos
Postado por Anônimo no blog TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em 15 de Fevereiro de 2008 18:37


domingo, 17 de fevereiro de 2008

Postagem sobre TDAH e o sucesso pessoal


Evelyn deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O TDAH apresenta tratamento eficaz e quando recebe...": Olá, antes de tentar responder o seu comentário, obrigada pelo depoimemto, certamente será útil a muitos leitores, que, provavelmente, poderão se identificar e se beneficiar com o seu questionamento. Bem, a minha resposta para a sua pergunta é que SIM, uma pessoa com TDAH pode ser bem sucedida na área acadêmica, principalmente quando ela gosta daquilo que faz ou quando trabalha por "paixão". Igualmente quando tem ambição em subir na profissão, em "galgar" novos degraus... A pessoa com TDAH vai ter dificuldades acadêmicas especialmente quando o assunto ou tarefa ou a profissão não for interessante para ela, se for enfadonha, ou exigir muito esforço, ou algo assim. Pontos que falam a favor do TDAH no seu caso: dispersão,esquecimentos, auto-estima baixa, sentimentos de minusvalia ao se comparar com seus pares, hiperatividade mental com plenitude ideativa, querendo fazer muitas coisas ao mesmo tempo.mau gerenciamento do tempo,atrasos.falha na working memory ou memória de trabalho.comorbidades? com ansiedade, timidez - pode ser... DICA:: procure um especialista em TDAH de sua confiança e faça uma avaliação bem detalhada para o TDAH. Existem testes e questionários para adultos que ajudam a fazer o diagnóstico. É importante também é "esmiuçar" a sua história famililar, uma vez que o TDAH tem causas genéticas (herança poligênica) em 90% dos casos. Assim, ver como é a família de seus pais, se tem outras pessoas da família com história de TDAH, etc. e checar como estão outras áreas de sua vida como a afetiva, social, etc. eu tenho clientes com TDAH que são médicos, estudantes de medicina, advogados com OAB, e várias outras profissões, e realizados e bem sucedidos. E lembre-se que o tratamento para o TDAH é bastante eficaz.um forte abraço, espero ter podido ajudá-lo.Evelyn Vinocur Postar um comentário. Cancelar inscrição de comentários nesta postagem. Postado por Evelyn no blog TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em 15 de Fevereiro de 2008 22:52

Curso de Atualização em TDAH no Rio pela ABDA






Curso de Atualização em TDAH pela ABDA
Data: 26 de Abril de 2008 (Sábado)
Horário: das 09:00h às 18:00h
Local de Realização: HOTELATLÂNTICO COPACABANA – Salão Imperial
Endereço: Rua Siqueira Campos, 90 – Copacabana (em frente ao metrô Siqueira Campos)
Público-alvo: professores, psicólogos, educadores, pais e portadores adultos
Nº de Vagas: 100
Inscrições: Telefone / Fax nº 2295.0921, das 09:00 às 18:00h de 2ª a 6ª feira - Ficha de inscrição

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

TDAH - dando a volta por cima!











O profissional da área de saúde mental tem recebido em seu consultório um número cada vez maior de crianças e adolescentes com queixas de ordem emocional e ou comportamental associadas a problemas de aprendizagem.

Crianças dispersas e com dificuldades escolares e de sociabilização até então eram vistas na grande maioria dos casos, como conseqüentes à educação permissiva e sem limites pelos pais, ou por pais protetores em excesso, ou até mesmo por falta de umas "boas palmadas" ou problemas do próprio sistema educacional.
De qualquer forma, a consequência sempre era mais ou menos a mesma: criança super rotulada, vivenciando o preconceito "na pele" acabava apresentando a "síndrome da desmoralização", secundária ao fato de se sentir (e ser vista como) uma criança diferente, sem futuro, "uma criança desacreditada" dentro de seu próprio meio...

São crianças que sentem a dor do fracasso e da solidão muito precocemente e que sentem humilhação, vergonha e impotência diante de seus pares, cada qual seguindo a vida, enquanto para elas, a vida se mostrando cheia de muralhas intransponíveis.
À medida que os anos vão passando, essa sensação "de ser desacreditado" associada à percepção de "ser menos", vai fazendo com que essa criança ou esse jovem acabe achando mesmo que ele "não vale a pena de ser investido" ou seja, ele opta por "jogar os panos" e tal qual aos outros, acaba por não acreditar mais em si mesmo, gerando um outro estado - a

"síndrome do desamparo aprendido" : a própria criança já "não se leva mais à sério", onde são grandes os "rombos" e sequelas emocionais em seu psiquismo.
Ora, vamos nos colocar no lugar de uma pessoa que não está conseguindo enxergar aquilo que lê - tudo fica embaçado e turvo. Ou como alguém que tenta entender como se resolve uma determinada tarefa e que não consegue entender. Se essa condição ocorrer quase todo dia, ao final de um tempo, certamente vamos ficar com pavor da tal situação.

E é assim que muitas crianças e muitos jovens acabam por desistir da escola. Muitos pais costumam dizer: - O meu filho não aprende nada porque ele não gosta de estudar! E eu sempre respondo com veemência: NÃO!! O SEU FILHO NÃO GOSTA DE ESTUDAR PORQUE ELE NÃO ESTÁ CONSEGUINDO APRENDER !!!!

Hoje em dia sabemos que um grande número de pessoas que apresentam sintomas como os descrito acima, tem chance de ser portador do TDAH – transtorno do déficit de atenção e hiperatividade – condição ainda pouco conhecida e que vem sendo muito estudada e melhor entendida nos últimos anos, com o avanço da neurociência, e cujo tratamento é bastante eficaz. A maioria das crianças, jovens e adultos quando corretamente tratados, passam a gostar de estudar e ler. Uma vez que passam a aprender, passam a gostar de estudar. de pessoas

sábado, 9 de fevereiro de 2008

TDAH e suas comorbidades



O TDAH, quando vem acompanhado de uma ou mais comorbidades, pode dificultar o médico na hora diagnóstico, pois muitos sintomas são parecidos e se confundem entre o TDAH ou comorbidade. Os pacientes costumam procurar os médicos, em grande parte das vezes, por causa das comorbidades, como ansiedade, distimia, fobia social, pânico, depressão, dificuldade de relacionamentos tiques, transtornos do humor como o bipolar, uso abusivo de álcool e drogas, dificuldades de aprendizado, dislexia, entre outros. Por isso é que hoje em dia, é inadmissível que um paciente que se queixe de problemas como os acima citados, não serem avaliados para o TDAH. Muitos pacientes levam anos para receberem um diagnóstico correto.

DICAS

Tenha como hábito, fazer uma auto-avaliação de sua performance ao longo do dia. Por exemplo, quando chegar em casa, destine uns 15 minutos para você rever os pontos fortes e os pontos fracos do dia, em termos de atitude, pensamentos, emoções e outros parâmetros que você quiser se avaliar, e se dê uma nota. Com a regularidade desta prática, você vai ter uma "linha de perfil de seu performance em várias áreas". Em breve você saberá o seu padrão de bom ou mau funcionamento e qual a/as áreas afetadas. Caso você perceba, por exemplo, que o seu humor oscila com frequência, não pense duas vezes: procure um profissional de sua confiança e faça uma avaliação para o TDAH. O TDAH é um distúrbio abrangente, heterogêneo, multifacetado, e não raro é o próprio paciente que se auto-diagnostica. Passe a observar as crianças, pois quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de uma vida mais saudável e mais bem sucedida. Lembre-se que o TDAH compromete todos os portadores em sua auto-estima e sensação de fracasso precoce.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O TDAH apresenta tratamento eficaz e quando recebe o tratamento adequado, geralmente leva ao sucesso em várias áreas da vida...

"Salvar vidas de crianças numa UTI ou centro cirúrgico é uma experiência marcante na vida do médico. "Não menos intensa é a sensação de mudar a trajetória de crianças e adolecentes fadados ao insucesso". O tratamento medicamentoso e as intervenções são muito eficazes. (Marco A. Arruda).

"O sentido da vida não se esgota na percepção momentânea de estar vivo, mas sobretudo de viver - e viver plenamente. (Marco A. Arruda).

DICA:
Se você apresenta algumas das características citadas ao longo deste blog, procure a ajuda de um profissional que conheça o TDAH profundamente e vá fazer uma avaliação com ele. Você pode mudar a sua vida!!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

NO MUNDO DA LUA

Pensamentos que fogem, que se dispersam, e que se deixam levar pelo vento...
Pessoas com TDAH, independente de sexo e idade podem apresentar comprometimento nocivo em relação ao poder de atenção concentrada. Por vezes, a situação fica séria e a pessoa literalmente voa, se desliga, ficando impedida de prestar atenção a uma aula, palestra, ou até mesmo em um diálogo. De repente, os pensamentos povoam a cabeça da pessoa e ela segue em devaneios... a memória de curto prazo fica comprometida e a pessoa literalmente pode se esquecer de um recado que precisava dar, do nome de um objeto por instantes, da matéria que estudou na véspera e sabia, etc., gerando constrangimentos e humilhação na vida da pessoa.
É curioso que a mesma pessoa que não está conseguindo ler um trecho de um relatório por dispersão ou cometer erros bobos em suas atividades também por desconcentração, nas situações onde ela está desmotivada ou o assunto é chato ou que exija mais concentração, essa mesma pessoa pode, diante de uma atividade desafiadora ou que lhe motive, ficar super concentrado. Ou seja, o menino que não consegue ficar meia hora estudando matemática, por exemplo, pode sair dali e ficar horas no computador e não perder a atenção nem um minuto... o TDAH faz isso acontecer...

Pode haver um mau gerenciamento do tempo no TDAH


O Tdah e o tempo

É comum que pessoas com TDAH, pelos mais variados motivos, percam o tempo. Ou o tempo não será suficiente para o sujeito terminar a prova, ou ele/a vai entregar o relatório ao chefe fora do prazo marcado. E isso pode trazer problemas tanto na escola como no trabalho ou mesmo em casa, pois a pessoa deixa uma impressão de pouco caso, relaxamento, etc. muitas vezes essas pessoas acabam não sendo levadas à sério, pois estão sempre atrasadas, perdidas no meio do caos interno de seus pensamentos desordenados... Adultos que geralmente chegam tarde no trabalho e geralmente não estão em dia com seus afazeres, terminam sendo dispensados do emprego e muitas vezes vem a depressão e a auto-estima muito baixa.

DICAS:

Compre alguns despertadores ou coloque o celular para despertar todas as vezes que tiver um compromisso. Coloque sempre uma hora antes do evento. Familiares e amigos também podem ajudar, dando um toque. Post-its também são válidos para que você treine a estar ligado nos seus compromissos.

TDAH como uma síndrome disexecutiva

TDAH - comprometimento das funções executivas

O TDAH é um transtorno neurobiológico de causa principal genética (herança poligênica) onde sao transmitidos vários gens com pequenos defeitos. Com o avanço da neurociência, sabemos hoje que no TDAH existe um comprometimento a nível de lobo frontal (região pré-frontal), que é a responsável pelas funções executivas e memória de trabalho, ou working memory.

O que são funções executivas ?
Elas são responsáveis pelo que?

Praticamente tudo o que um homem precisa para ser bem sucedido precisa passar pelas funções executivas... por exemplo, a capacidade de escolhermos um foco de relevância, priorizarmos uma tarefa, "tirarmos as idéias da cabeça" e colocá-las em prática, e outras coisas mais, pertencem ao que chamamos funções executivas. O TDAH gera alterações funcionais em regiões cerebrais, que vão ficando hipoativas, fazendo com que o cérebro de uma pessoa com TDAH seja mais imaturo do que o de um não-portador. Assim, com as funções executivas "em dia", nós somos capazes de escolher o nosso foco principal, nos mantermos atentos a ele, resistindo aos fatores distratores, monitorizando as nossas idéias de modo sequencial e lógico para que tenha a maior chance de sermos bem sucedido em nosso intento, ao mesmo tempo que ponderamos se aquele jeito de fazer nos parece ser o melhor em termos de custo-benefício, pensando nas consequências futuras, etc.

DICAS:
Procure se acostumar a deixar o máximo possível de coisas a fazer, já "programado" na véspera, inclusive roupas, etc. Tente fazer cronogramas com horário a cumprir. Pense sempre no que está fazendo e evite distrair-se. Persista. Aprenda com os erros, mesmo erros de outras pessoas, isso vai lhe poupar tempo em vários tipos de situações.

Hiperatividade no TDAH

A Hiperatividade no TDAH
é o excesso de atividade motora. O sujeito não pára quieto, se mexe na cadeira, bate pés, pernas, tamborila os dedos, o corpo mexe todo. Vive à mil por hora, como se tivesse ligado a 220 V. Fala todo o tempo, não consegue relaxar para ler um livro, assistir a um filme, manter um diálogo, especialmente quando a situação estiver lenta, chata e monótona... tentam fazer mil coisas ao mesmo tempo, dirigem, falam ao celular, lêem o jornal, tudo ao mesmo tempo. Crianças e jovens não conseguem assistir aulas ou permanecer em tarefas desinteressantes, podendo deixar várias tarefas inacabadas ao longo da vida. Algumas vezes, eles se empolgam, começam uma nova atividade mas logo se entediam e tudo fica chato. São os "buscadores crônicos de novidades"...
DICA:
Faça uma lista das coisas que você quer fazer. Dê uma nota de prioridade a cada tarefa. Coloque-as numa ordem lógica e prática, para que tenha maiores chances de sucesso. Crie o hábito de prever o tempo para cada tarefa, para que possa terminá-la. Treine começar e acabar aquilo que priorizou fazer.
A IMPULSIVIDADE NO TDAH
Se caracteriza por um descontrole do freio inibitório, ou seja, o portador de TDAH vai ter dificuldades em reprimir atitudes ou falas inadequadas ou até mesmo situações perigosas como andar de bicicleta, carro ou outro veículo, tanto que as estatísticas mostram que o número de acidentes e fraturas e internações são maiores em portadores de TDAH. A pessoa impulsiva não pára para pensar - ela fala logo, o que vem à cabeça... e muitas vezes magoa as pessoas que gosta. A impulsividade pode gerar sérios problemas no emprego, com discussões, discursos muito "sinceros", que pode levar a demissão do emprego.

DICA:
Programe seu dia de véspera, para que você não fique sobrecarregado durante o dia. Passe a monitorizar o seu comportamento com mais frequência e peça a ajuda de amigos e familiares para que o alertem, nas situações citadas acima.

A desorganização do TDAH



Muitos portadores de TDAH sofrem no seu dia-a-dia em função dos pensamentos desorganizados e caóticos que possuem. Daí, muitos deles começam várias atividades ou tarefas ao mesmo tempo, deixando muitas pela metade...
Tudo isso deixa um sentimento de angústia, incompetência e vergonha em muitos indivíduos.
DICA -
Fazer uma tarefa de cada vez e anotar tudo numa planilha e ir checando, à medida que cada tarefa for sendo realizada.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

TDAH



É preciso conhecer o TDAH e como ele acontece no dia-a-dia: o avanço das pesquisas em várias áreas têm possibilitado o entendimento do mecanismo de muitos transtornos até então não muito bem compreendidos, como é o caso do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Vários pacientes relatam que “sempre foram crianças diferentes das outras” e que “sempre tiveram muitos problemas na escola”, tendo sido alvos de apelidos, preconceito, rejeição e às vezes de duras críticas, tanto no contexto familiar quanto na escola (às vezes até por alguns professores) ou no trabalho. Em casos como esses, a vida pode evoluir de modo disfuncional e desadaptativo, muito aquém do esperado e com provável aparecimento de múltiplas “seqüelas emocionais”, que podem variar desde o sentimento de desmoralização e auto-estima baixa até a presença de outros transtornos mentais.

caso III - Bia


III- A Beatriz, ou Bia, como ela é chamada, é uma linda menina na flor dos seus 8 anos, que é calma, tranqüila, e nem faz barulho na aula. Adora sentar-se junto à janela e ficar seguindo com o olhar o revoar das borboletas do jardim! A professora já percebeu que ela é muito distraída e que vive no mundo da lua. Nas provas, erra besteiras e até matérias que ela sabe, de tão desatenta que é! Quando acaba a aula, ela sempre esquece alguma coisa na escola. Sua cabecinha não se fixa ali, nos seus pertences. Já perdeu um monte de casacos e livros, entre outras coisas. Em casa, dois dias antes das provas, Bia estuda a matéria toda, e assim consegue tirar notas suficientes para passar. Mas outro dia foi um problema. Sua mãe pediu a ela que tirasse a tomada do ferro, pois ela ia atender ao telefone. Mas ao chegar lá, Bia se esqueceu o que tinha ido fazer. Logo depois, a casa toda estava uma fumaça só! Que perigo! Bia ficou de castigo um dia e meio, trancada no quarto e vai ficar uma semana sem ver o seu programa favorito de TV. Dona Dora, a mãe de Bia, é muito nervosa e fica com muita raiva, acha que ela faz de propósito, e dá vários apelidos a ela, como desmiolada, alienada, bêbada, destrambelhada, retardada, surda, etc. Bia apanha muito da mãe, e sofre com isso, e na escola teve uma piora muito grande na parte social. Não tem nenhuma amiga, fica sentada num canto durante todo o recreio, olhando para o vazio. Bia é negligenciada pelas crianças da escola, que já mandou vários bilhetes para a dona Dora, mas a Bia perde todos eles e ainda se esquece de avisar a mãe. A escola está preocupada, pois acham que Bia tem um quadro amotivacional e querem que seus pais a levem ao médico. O pai da Bia está pensando em mandá-la para um colégio interno bem rígido, para ver se ela toma jeito naquela “cabeça oca”. Os pais da Bia se sentem impotentes e se acham culpados por ela ser assim, e vivem brigando e se culpando mutuamente. O colégio interno seria uma maneira desses pais se livrarem do “problema-Bia” e ficarem menos angustiados. A presença da filha para esses pais é muito penosa, na medida em que eles não sabem lidar com tanta frustração.
Casos como esses, onde a situação pode se complicar tanto, poderíamos traçar um paralelo com famílias que “apanham no escuro”, sem sequer saber de que direção vem o “ataque” e muito menos como se defender,... muitas vivem “anos” apanhando no escuro, ...

caso II - Renato




II- Renato é irmão do Bernardo e tem 10 anos, é um ano mais velho, embora seja da mesma séria pois já repetiu um ano. Renato fica muito zangado quando os colegas reclamam que ele não fica quieto e que atrapalha a aula. Renato se sente injustiçado e perseguido e não compreende porque todos na escola o tratam assim. Renato é bem impopular no grupo e tem ficado sozinho no recreio, pudera, já arrumou briga com quase todos os colegas,... uma dia chegou a dar um soco no Felipe, seu melhor amigo. Renato fica muito ressentido com a professora e acha que ela exagera quando diz que ele é embagunçado e confuso. Ele bem que tenta fazer tudo direitinho mas a verdade é que onde ele bota a mão tudo vira bagunça. Ele sai da sala esbarrando em tudo, não pensa no que faz e fala sem pensar. Outro dia, no recreio, foi jogar de longe, uma pedra na lata do lixo, mas jogou com tanta força que rachou a janela da sala de aula! Renato também mente muito. Mas as pessoas acabam sabendo. Já tentou imitar a assinatura da mãe no boletim, tenta colar nas provas, mas sempre se acha certo e os outros, errados. Outro dia ficou muito irado por não ter sido escolhido para o time do jogo do futebol. Falou um monte de grosserias para os meninos do time, e saiu, mas antes deu um cascudo no colega que estava mais perto. Renato recebeu a sua segunda advertência da escola, pois respondeu mal à professora, gritou com ela, xingou e chegou a enfrentá-la, levantando o dedo em sua direção. No último conselho de classe, todos foram unânimes em “convidar” o Renato a ir para outra escola, uma que fizesse melhor o seu perfil e que fosse uma escola preparada para lidar com crianças assim, pois ali, naquela escola, eles não estavam preparados para lidar com o Renato. E também por que naquela escola eles não aceitavam alunos que repetissem o ano duas vezes, e o Renato não foi aprovado novamente...

José Renato é o pai do Bernardo e do Renato. Ele e a esposa, dona Sarita, já foram chamados algumas vezes à escola. O problema é que o sr. José Renato fica agressivo, perde o controle, não concorda com a escola e bota a culpa nas professoras e na falta de competência da escola. Segundo ele, seus filhos são crianças espertas e ativas, que nem ele era, quando tinha a mesma idade. Já dona Sarita fica muito preocupada com o futuro dos filhos e gostaria de levá-los a um médico para uma avaliação mas nem pensar – o sr. José Renato jamais aceitaria! E muitos anos se passaram com o casal brigando por isso e hoje a relação deles está tão desgastada que a dona Sarita está pedindo o divórcio, pois não agüenta mais o sr. José Renato.

CASOS CLÍNICOS - caso I - Bernardo


I - Bernardo é o tipo de menino que não pára, que nunca se cansa, é muito curioso e quer saber todos os porquês. Gosta de ir à escola mas quando chega lá, prefere ficar brincando no pátio a ir assistir as aulas da Tia Fernanda. Na sala de aula, Bernardo até parece que está no “ensaio da escola de samba”, de tanto que se mexe. São mãos, pernas, pés, ombros, cintura, cada parte para um lado. Coitado do menino, parece que está com pó de mico no corpo! Bernardo bem percebe tudo isso mas finge não notar, não quer dar o braço a torcer. Mas a verdade é que Bernardo se sente super mal por ser assim, sem ter o controle de mudar esse jeito. Ele se acha fraco e sente-se derrotado por um “troço” que “vive” dentro dele, fazendo “gato e sapato” dele. Ele chora muito sozinho, normalmente quando toma banho, para sua mãe não perceber. Ele não entende por que não consegue parar quieto e fica agoniado em pensar até quando vai ser assim. Se balança até quando dorme. Bernardo gostaria de virar uma poeirinha, de sumir, pra não ter que ver a tristeza de seus pais quando virem o seu boletim ... mas as coisas não param por aí. Bernardo também é muito distraído. Basta uma buzina na rua, um lápis que caia ou uma criança passando pelo corredor da escola, que ele não consegue mais continuar o que estava fazendo. Ele tem que olhar, quer ver e saber de tudo. Só que quando ele interrompe uma tarefa que estava fazendo, é um sofrimento para reiniciá-la. Se confunde todo e acaba virando motivo de chacota, pois sempre é o último a acabar – o que lhe gera um monte de apelidos, como lesminha, lentinho, ... Outro dia, ele jurou que não ia pedir para ir ao banheiro e nem ficar se balançando na cadeira ou mordendo os lápis. Ele tentou tanto ficar quieto, mas tanto, que dormiu profundamente sobre a carteira de aula e vocês podem até imaginar o vexame que ele passou... O Bernardo tem dois problemas, um de querer acabar logo e aí tudo fica malfeito, sujo, tudo rabiscado ou amassado, de tanto passar a borracha; e o outro, de querer fazer tudo limpo e perfeito, mas isso ele não consegue! Bernando, tadinho, se sente um estorvo, uma pedra no caminho dos pais.