quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Dra Evelyn Vinocur participa da Jornada da APERJ dias 28,29 e 30 de agosto 2008.

Dra Evelyn Vinocur está participando da JORNADA DA APERJ - Associação de Psiquiatria do Estado do Rio de Janeiro - no CBC, Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em Botafogo. A jornada acontece nos dias 28, 29 e 30 de agosto de 2008.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

dra evelyn está no Congresso Aprender crianca em Ribeirao Preto

dra evelyn está no Congresso Aprender crianca em Ribeirao Preto

Dra Evelyn Viunocur está em Ribeirão Preto, S.P., no Congresso Aprender Criança, junto com as maiores referências da psiquiatria brasileira. O tema Neurociências e Neuroaprendizado vai ser abordado, junto com os transtornos de aprendizado, TDAH e outros. A dra Evelyn chega ao RJ na segunda feira, dia 25 de agosto de 2008.

dra evelyn está no Congresso Aprender crianca em Ribeirao Preto

dra evelyn está no Congresso Aprender crianca em Ribeirao Preto

Dra Evelyn Viunocur está em Ribeirão Preto, S.P., no Congresso Aprender Criança, junto com as maiores referências da psiquiatria brasileira. O tema Neurociências e Neuroaprendizado vai ser abordado, junto com os transtornos de aprendizado, TDAH e outros. A dra Evelyn chega ao RJ na segunda feira, dia 25 de agosto de 2008.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

tdah em foco

www.tdahemfoco.com.br

ATIVIDADE SEXUAL NO ADULTO DO GRUPO TDAH HIPERATIVO


ATIVIDADE SEXUAL NO ADULTO DO GRUPO TDAH HIPERATIVO
Inúmeras pesquisas mostram que os adultos com TDAH tipo hiperativo apresentam 20% a mais de desajustes sexuais em comparação ao grupo controle (=grupo que não tem TDAH), cujas queixas são apenas de 2,4%.
Quando avaliada a atividade sexual, viu-se que o grupo hiperativo, apesar de apresentar a mesma freqüência de relações sexuais do que o grupo controle, começa a ter relações sexuais em idade bem mais precoce (por volta de 15-16 anos) do que o grupo controle e que o grupo hiperativo apresentou duas vezes mais parceiros sexuais no período de um ano em relação ao grupo controle.
Não foi observada nenhuma diferença entre a taxa de disfunções sexuais nem quanto a diferenças na orientação sexual.
Diferença marcante foi observada em relação a grande taxa de rapazes hiperativos que haviam sido envolvidos como pais biológicos, com diferença de mais de nove (9!!) vezes, em relação ao grupo controle, o que corresponde a 38% para o grupo portador versus 4% para o grupo controle. Para as mulheres, a diferença foi ainda maior, de 68% versus 16%, com a taxa mais alta para mulheres do grupo hiperativo que se envolveram em gestações não planejadas.
Quatro vezes mais membros do grupo hiperativo (em relação ao grupo controle) também havia contraído uma doença sexualmente transmissível, 17% versus 4% e duas vezes mais haviam feito exame para HIV, 54% versus 21%.
Tais dados sugerem que as crianças hiperativas podem ter um estilo de vida sexual de alto risco ao atingirem a maturidade sexual, pois têm maior chance de serem pais precoces quando jovens e de contraírem doenças sexualmente transmissíveis.
Analisando-se os indicadores potenciais de vários desses riscos no grupo hiperativo vimos a associação entre uma maior prevalência de transtornos de conduta ao longo da vida e QI menor, com início mais precoce das relações sexuais. O risco de gravidez precoce também foi previsto no grupo onde aparecia o transtorno de conduta.
Em uma grande amostra de um estudo de seguimento com crianças hiperativas de uma comunidade observou-se que 19% delas haviam se tornado pais antes dos 26 anos. Fica claro a relação de transtorno de conduta e o aumento significativo do risco de paternidade precoce, em estudo com 499 homens acompanhados até a idade adulta.
Russell A. Barkley & cols. 2008





domingo, 17 de agosto de 2008

treine seu cérebro com neurofeedback, tratamento inovador para o TDAH


PESQUISA DO NIMH BUSCA TRATAMENTOS INOVADORES P/ CRIANÇAS COM TDAH.
O objetivo se volta para abordagens inovadoras no tratamento de crianças com TDAH. O TDAH é um transtorno mental ligado a problemas de atenção, hiperatividade e impulsividade, podendo, conforme o estudo, chegar a afetar até 8.7% das crianças. Apesar dos critérios citarem a presença de sintomas antes dos 7 anos, em muitos casos, os sintomas só serão diagnosticados tempos depois. Com a idade, a hiperatividade geralmente declina, ao contrário dos outros sintomas, por isso ser comum encontrarmos o TDAH associado a vários comprometimentos e prejuízos em vários setores da vida, adentrando a adolescência e a vida adulta.
L.Eugene Arnold, M.D., and Nicholas Lofthouse, Ph.D., of The Ohio State University, acompanharão um estudo usando neurofeedback ou EEG biofeedback, uma terapia alternative algumas vezes usadas para tartar o TDAH e outros transtornos. Enquanto estudos anteriores achavam o resultado valioso, as evidências científicas mostraram eficácia limitada. Durante uma sessão de neurofeedback, a pessoa recebe informações sobre a freqüência de suas ondas cerebrais, que depois pode ser usado para trazê-las deixando-a numa freqüência equivalente à de um cérebro saudável para se obter comportamentos mais desenvolvidos. O feedback recebido pela pessoa poderá ser visual, como um padrão de onda, ou áudio, como um beep. Os pesquisadores usarão uma tecnologia nova na qual as ondas do cérebro governam os controles de um videogame, desses que as crianças brincam sem saber se as ondas cerebrais estão em treinamento, no pano de fundo.
No estudo piloto, terão 36 meninos/as de 6 a 12 anos que receberão o EEG neurofeedback no contexto de um jogo no computador, ou um EEG placebo. No placebo, a criança experimenta efeitos de jogos pré-programados que não estão sensibilizados pela sua atividade de onda, ao contrário do outro grupo. As sessões são três vezes por semana e cada participante fará 40 sessões. Pais e professores das crianças irão medir os sintomas do TDAH regularmente. O achado deste estudo piloto poderá ajudar cientistas a desenvolver um estudo controlado, randomizado, em larga escala, com a finalidade de encontrar um tipo de abordagem não medicamentosa para o TDAH.
Science UpdateJune 5, 2008

#links

#links
http://www.nimh.nih.gov/science-news/2008/nimh-funds-research-to-find-best-treatments-for-children-with-autism-and-adhd-symptoms.shtml

TDAH em crianças Autistas e Asperger - novos tratamentos.


Pesquisa do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA - NIMH -buscam melhores formas de tratamento para crianças portadoras de Transtornos do Espectro Autístico com sintomas de TDAH.

Science UpdateJune 2, 2008

UMA nova pesquisa do NIMH busca melhores formas de tratamento para criancas portadoras de Desordens do Espectro Autístico com sintomas de TDAH. Sintomas de TDAH são comuns em criança portadoras de Transtornos do Espectro Autista, mas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) geralmente não respondem bem ao medicamento para o TDAH, o metilfenidato.Nessa experiência de 10 semanas, Benjamin Handen, Ph.D., of the University of Pittsburgh; Tristram Smith, Ph.D., of the University of Rochester; and Michael Aman, Ph.D., of the Ohio State University, reuníram 144 criancas de 5 a 13 anos com diagnóstico de TEA e sintomas de TDAH. Pesquisadores avaliarão segurança e eficácia dos dois tratamentos:1- com a atomoxetina – Strattera, um medicamento não estimulante, também usado no tratamento do TDAH2- treinamento de manejo parental (TMP) – onde os pais aprenderão a usar intervenções comportamentais (outro tratamento convencional para o TDAH) nessa população de crianças.As pesquisas serão randomizadas e as crianças submeter-se-ão a um dos 4 tipos de tratamento :- atomoxetina com TMP- atomoxetina sem TMP- placebo com TMP- placebo sem TMPApós o final das 10 semanas, os pesquisadores continuarão o seguimento em todos os participantes que responderem satisfatoriamente ao tratamento por 6 meses, para exame de seguranca, eficácia e tolerabilidade em tratamentos a mais longo prazo.Pesquisas já existentes sobre medicação e tratamento comportamental em crianças com TEA são escassas. Os achados desse estudo darão um posicionamento, um norteio para médicos e pais sobre as melhores formas de tratamento para muitas dessas crianças.

TDAH em crianças Autistas e Asperger - novos tratamentos.


Pesquisa do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA - NIMH -buscam melhores formas de tratamento para crianças portadoras de Transtornos do Espectro Autístico com sintomas de TDAH.
Science UpdateJune 2, 2008
UMA nova pesquisa do NIMH busca melhores formas de tratamento para criancas portadoras de Desordens do Espectro Autístico com sintomas de TDAH. Sintomas de TDAH são comuns em criança portadoras de Transtornos do Espectro Autista, mas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) geralmente não respondem bem ao medicamento para o TDAH, o metilfenidato.Nessa experiência de 10 semanas, Benjamin Handen, Ph.D., of the University of Pittsburgh; Tristram Smith, Ph.D., of the University of Rochester; and Michael Aman, Ph.D., of the Ohio State University, reuníram 144 criancas de 5 a 13 anos com diagnóstico de TEA e sintomas de TDAH. Pesquisadores avaliarão segurança e eficácia dos dois tratamentos:1- com a atomoxetina – Strattera, um medicamento não estimulante, também usado no tratamento do TDAH2- treinamento de manejo parental (TMP) – onde os pais aprenderão a usar intervenções comportamentais (outro tratamento convencional para o TDAH) nessa população de crianças.As pesquisas serão randomizadas e as crianças submeter-se-ão a um dos 4 tipos de tratamento :- atomoxetina com TMP- atomoxetina sem TMP- placebo com TMP- placebo sem TMPApós o final das 10 semanas, os pesquisadores continuarão o seguimento em todos os participantes que responderem satisfatoriamente ao tratamento por 6 meses, para exame de seguranca, eficácia e tolerabilidade em tratamentos a mais longo prazo.Pesquisas já existentes sobre medicação e tratamento comportamental em crianças com TEA são escassas. Os achados desse estudo darão um posicionamento, um norteio para médicos e pais sobre as melhores formas de tratamento para muitas dessas crianças.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Palestra sobre TDAH nas escolas da rede MV1


A dra EVELYN VINOCUR fará mais uma palestra sobre o TDAH no MV1 em Sao Gonçalo, amanhã, quarta feira, para pais e professores. Com direito a brunch. Vai ser as 18.30hs.

domingo, 10 de agosto de 2008

Sou adolescente, tenho TDAH e tô deprimido, vale a pena?


César ou "duca", como ele gosta de ser chamado, é o filho de uma grande amiga, muito embora a última vez que eu a vi, faz uns dois anos ou mais. Um sábado desses, quando a campainha tocou eu me assustei, afinal, eu não estava esperando nenhuma visita. Qual não foi a minha surpresa, quando o porteiro anunciou-me que havia um rapaz querendo falar comigo, de nome Duca. Duca? eu perguntei. Deve ser engano, eu não conheço rapaz nenhum com esse nome. Ele está na calçada, querendo entrar, o que eu faço, perguntou o porteiro? "Peraí", eu respondi, e fui até a varanda dar uma olhada no tal rapaz. De cima pra baixo a pessoa fica diferente, eu falei: - oi! e ele olhou pra cima e disse: oi, Evelyn! Nossa, quando eu ouvi aquela voz, num flash de segundo a minha mente foi envolta por anos de lembrança, do casamento da Vera, mãe do "duca", da gravidez proibida, da mala que eu emprestei pra Vera, nossa, um monte de lembranças, uma enxurrada delas... e é claro! é claro que agora eu me lembrava perfeitamente do duca, o duquinha! é claro! Pode mandar subir, eu disse ao porteiro. Bem, pra não prolongar muito a história, quero dizer a vocês que o duca me deixou com uma batata quente na mão. Ele estava ali, pedindo ajuda, pois não se lembrava de mais ninguém com quem pudesse contar. Sua mãe "surtou", como ele disse, e não quer saber de nada, já bateu o martelo, ou seja, disse ao filho que iria interná-lo. Que ele não tinha jeito mesmo, que nunca quis "lé com cré", que o pai dele é que foi certo de ter sumido de casa, que ele sempre dizia que o fiho nunca iria ser ninguém na vida, e blá, blá, blá ... o duca está usando drogas, não conseguiu terminar a sétima série, não trabalha, não ganha dinheiro, blá, blá, blá, ..., e está numa pior. Ele me disse que a mãe não tem moral nenhuma pra falar assim com ele, que a mãe é uma "louca", que bebe até cair, que não sabe o que quer, que sempre gritou com ele a vida toda, que sempre infernizou a vida dele, e o que ela quer agora? Interná-lo? "- Se ela me internar, eu juro por tudo, eu nunca mais vou perdoá-la, nunca mais vou olhar pra cara dela!" "- O que vocês fariam no meu lugar? Alguém me dá uma dica?" Entre trapos e farrapos, papo vai papo vem, muitas idas e vindas, ficou claro pra mim que o duca estava muito deprimido. Sentindo-se sozinho, desacreditado, se achando um azarado, um porcalhão, que só fazia m., um mentiroso, um podre, um lixo bichado, blá, blá, ..., nossa, coitado do duca... fiquei sabendo por ele, que sua mãe pensa que ele está indo num curso técnico de mecânica mas que ao invés de ir, ele ia para os morros pra conseguir droga e que ele estava preocupado por que um dia a mãe iria descobrir, e aí? ele me disse que a mãe pegou a droga no bolso dele e aí, a vida dele não teve mais sossego e ela estava fazendo a maior pressão pra interná-lo. Duca estava com 24 anos, magro, abatido, fumou um cigarro atrás do outro enquanto esteve ali comigo. Falou que depois dos 15 anos, ele só foi piorando, passou a detestar a escola, lugar onde ele era obrigado a ficar sem entender nada, sem ter amigos (pois ele era maltratado pelos garotos da turma) e uns professores horríveis, que ele olhava pro quadro e parecia que sua cabeça não tinha cérebro, que ele estava sem memória, errava tudo, perdia tudo, morria de vergonha das pessoas, e então faltava mais que ia e só foi ficando em recuperação até que um dia não deu mais, a mãe foi chamada e ele foi convidado a sair do colégio, por estar andando com um grupinho da pior qualidade (foi quem introduziu a maconha na vida dele). Tentou mais dois colégios mas não aguentou nem 2 semanas. Tentou morar com a avó em Itaipava no ano passado, e segundo ele, desde ali, passou a ter vontade de morrer, de sumir, se sentindo um fracassado, e cada vez mais viciado. A avó não suportou ver o neto assim e ele teve que voltar pra casa da mãe, que só sabe dar castigos e lição de moral. Depois de umas duas horas que estávamos ali conversando, ele me disse que ele tinha um "troço". Troço? o que? "- um tal de DDA". "- Minha mãe me levou num médico amigo dela e ele ficou falando comigo mais de uma hora e no final ele disse que eu tinha várias doenças que eu teria que tratar, senão eu só iria piorar cada vez mais." Ele disse que eu estava deprimido, possivelmente pelo uso das drogas, e que eu tinha esse tal de dda. Passou um monte de remédios pra mim. Minha mãe disse que eu só dava despesa pra ela, que era só isso o que eu sabia fazer, dar despesa pra ela. Ficou louca quando viu o preço da receita, quase trezentos reais!! e antes que ela desse um vexame na farmácia, eu peguei a receita da mão dela e saí correndo da maldita farmácia e fiquei na casa de um cara aí, por uns três dias, ... eu estou acabado. Entre choro e desgraça, combinei com o duca que eu tentaria falar com a mãe dele e que tentaria acalmá-la e conversar com ela sobre tentarmos uma outra solução para o problema dele. De fato, uns dias após a nossa conversa, eu ainda estava chocada, me lembrava muito de quando a Vera alisava a barriga dizendo que o filho dela seria um grande homem, como o pai, da alegria dela pintando o quarto do filho, mas também me lembrei de que ela fumou a gravidez toda e como aquilo a deixava culpada... Combinei um café com a Vera na minha casa, no sábado seguinte. Ela não veio mas veio no outro, 2 semanas depois. Nossa, conversamos muito, ela falou do TDAH do filho, que desde os 12 anos havia sido diagnosticado, mas que os avós, pais dela, não deixaram o duca tomar, por se tratar de remédio de faixa preta. Nossa, e falou de tanta coisa... falou que o duca já tinha tentado o suicídio uma vez, há uns anos atrás... e que ele vivia deprimido, sozinho e calado. Disse que essa "longa novela" já ia pra lá de dez anos e que ela já tinha "jogado a toalha". Que não aguentava mais e que ia pedir a um médico, primo dela, que fosse dar um passeio com o duca, sem que ele soubesse, e o levasse para um hospital psiquiátrico. Disse que ela não tinha outra opção. Que já havia tentado tudo. Que ele acabou com a vida dela, Vera. --- Eu fiquei com um bolo na garganta, não subia nem descia. Sem mais nada dizer, ela se levantou e foi embora. Pediu que eu ficasse longe do filho porque eu não podia fazer nada pelo duca. "- E se ele se matar, já pensou? Eu não iria me perdoar... pelo menos internado, eu tenho a sensação de ter feito o melhor pra ele e o mais seguro." E foi. E eu fiquei ali, igual estátua, por um longo tempo, pensando em tudo o que ela havia me dito. Agradeci pelos filhos que tenho e fui tomar um banho e um tylenol pois a minha cabeça parecia ter uns 600kg...
A Depressão é um fator de risco para o agravamento das dificuldades apresentadas pelos portadores de TDAH e é encontrada freqüentemente como sendo uma das comorbidades do TDAH. Sempre que atendermos uma criança ou um adolescente ou um adulto deprimido, temos que tratar a depressão, é claro, mas logo que o quadro depressivo estiver controlado, temos que fazer uma triagem para o TDAH. Afinal, podemos estar diante de uma comorbidade. O TDAH quase nunca vem sozinho. DEPRESSÃO e uso de álcool e ou drogas fazem parte das comorbidades do TDAH.A % de comorbidade entre depressão e o TDAH é alta, podendo chegar a mais de 20%, e compromete a adaptação e o desenvolvimento da criança. Na depressão, o humor é triste ou irritável, com perda de interesse por atividades que eram prazerosas, alterações no apetite e no sono, lentificação psicomotora, fadiga fácil, culpa excessiva e as vezes, idéias de suicídio. Podem apresentar sintomas de somatização, como náuseas, dor de barriga, ou outros, principalmente perto das provas. Em crianças menores a depressão pode apresentar ausência de crescimento e ganho de peso, além de retraimento social, recusa em ir à escola, irritabilidade e agressividade.Adolescentes deprimidos tendem a apresentar alterações de conduta e abuso de álcool e drogas. Um episódio depressivo em crianças dura em média 7 meses e meio e apresenta risco de recorrência de 72% em um período de 5 anos. Em adultos, a situação se complica ainda mais, com alto impacto adverso.A presença da depressão sobreposta ao TDAH exacerba as dificuldades, com piora da capacidade atentiva e mnemônica, queda acentuada do rendimento escolar, sensação de fracasso e agravamento da baixa auto-estima. A depressão pode aumentar a agitação psicomotora e a impulsividade das crianças com TDAH, tornando-as mais expostas a acidentes e comportamentos disruptivos.A % de depressão em TDAH é de 14% segundo Souza e cols., 2001, GEDA. Crianças com TDAH tem prevalência muito maior para depressão do que crianças com diversas dificuldades escolares e sem o diagnóstico de TDAH, mostrando a alta prevalência de depressão com o TDAH. Viu-se que embora o TDAH seja um fator de risco para a depressão, a remissão do TDAH não determinava, necessariamente, a remissão da depressão. TDAH e depressão parecem ter cursos distintos ao longo da vida e representam uma comorbidade verdadeira que merece atenção clínica.Quanto ao tratamento, o (MPH) metilfenidato é a droga de primeira escolha para o tratar o TDAH. A associação do MPH com um ISRS-inibidor seletivo de recaptação de serotonina (sertralina ou fluoxetina) mostra resultado eficaz e seguro. Começar tratando a depressão e depois associar o metilfenidato(ritalina ou concerta).
Conclusão: De tudo, eu lamento que a família tenha impedido o tratamento do TDAH do duca. Saabemos que quanto maior o número de comorbidades, pior a evolução do quadro e pior o prognóstico. E espero que sua mãe esteja certa e que ele saia bem da internação e que dê continuidade ao seu tratamento. O TDAH se não é curável, é tratável, e pode evoluir muito satisfatoriamente em muitos casos.

Escala de avaliação de TDAH em Adultos, ASRS 18


Escala de avaliação de TDAH em Adultos
O questionário abaixo é denominado ASRS-18 e foi desenvolvido por pesquisadores em colaboração com a Organização Mundial de Saúde. Esta é a versão validada no Brasil. Referência: Mattos P.e cols. Adaptação Transcultural para o Português da Escala Adult Self-Report Scale (ASRS – 18 versão 1.1) para avaliação de sintomas do TDAH em adultos. Revista Brasileira de Psiquiatria.
IMPORTANTE: Lembre-se que o diagnóstico definitivo só pode ser fornecido por um profissional.
Por favor, responda as perguntas abaixo se avaliando de acordo com os critérios:

- NUNCA

- RARAMENTE

- AS VEZES

- FREQUENTEMENTE

- MUITO FREQUENTEMENTE

Após responder cada uma das perguntas, veja a frequencia que corresponde a como você se sentiu e se comportou nos últimos seis meses.
1. Com que freqüência você comete erros por falta de atenção quando tem de trabalhar num projeto chato ou difícil?
2. Com que freqüência você tem dificuldade para manter a atenção quando está fazendo um trabalho chato ou repetitivo?
3. Com que freqüência você tem dificuldade para se concentrar no que as pessoas dizem, mesmo quando elas estão falando diretamente com você?
4. Com que freqüência você deixa um projeto pela metade depois de já ter feito as partes mais difíceis?
5. Com que freqüência você tem dificuldade para fazer um trabalho que exige organização?
6. Quando você precisa fazer algo que exige muita concentração, com que freqüência você evita ou adia o início?
7. Com que freqüência você coloca as coisas fora do lugar ou tem de dificuldade de encontrar as coisas em casa ou no trabalho?
8. Com que freqüência você se distrai com atividades ou barulho a sua volta?
9. Com que freqüência você tem dificuldade para lembrar de compromissos ou obrigações?

Parte A
1. Com que freqüência você fica se mexendo na cadeira ou balançando as mãos ou os pés quando precisa ficar sentado (a) por muito tempo?
2. Com que freqüência você se levanta da cadeira em reuniões ou em outras situações onde deveria ficar sentado (a)?
3. Com que freqüência você se sente inquieto (a) ou agitado (a)?
4. Com que freqüência você tem dificuldade para sossegar e relaxar quando tem tempo livre para você?
5. Com que freqüência você se sente ativo (a) demais e necessitando fazer coisas, como se estivesse “com um motor ligado”?
6. Com que freqüência você se pega falando demais em situações sociais?
7. Quando você está conversando, com que freqüência você se pega terminando as frases das pessoas antes delas?
8. Com que freqüência você tem dificuldade para esperar nas situações onde cada um tem a sua vez?
9. Com que freqüência você interrompe os outros quando eles estão ocupados?
Parte B
Como avaliar:
Se os itens de desatenção da parte A (1 a 9) E/OU os itens de hiperatividade-impulsividade da parte B (1 a 9) têm várias respostas marcadas como FREQUENTEMENTE ou MUITO FREQUENTEMENTE existe chances de ser portador de TDAH (pelo menos 4 em cada uma das partes).O questionário ASRS-18 é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são necessários.
IMPORTANTE: Não se pode fazer o diagnóstico de TDAH apenas com os sintomas descritos na tabela! Veja abaixo os demais critérios.
CRITÉRIO A: Sintomas (vistos na tabela acima)
CRITÉRIO B: Alguns desses sintomas devem estar presentes desde precocemente (antes dos 7 ou 12 anos).
CRITÉRIO C: Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo menos 2 contextos diferentes (por ex., no trabalho, na vida social, na faculdade e no relacionamento conjugal ou familiar).
CRITÉRIO D: Há problemas evidentes por conta dos sintomas.
CRITÉRIO E: Se existe um outro problema (tal como depressão, deficiência mental, psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos exclusivamente a ele.

domingo, 3 de agosto de 2008

I Grupo de portadores/familiares de TDAH c/ incentivo à leitura.




O primeiro grupo de apoio a portadores e familiares de TDAH, ocorrido na última sexta feira em vila isabel, foi muito produtivo.

Todos os participantes contribuíram com suas experiências pessoais, familiares e a troca foi muito positiva. Tivemos a presença de portadores, avô, avó, mães e dois adolescentes que enriqueceram muito o grupo.
Tenho certeza de que todos saíram com mais entendimento a cerca do TDAH bem como puderam esclarecer dúvidas e colocar seus pontos de vista.