sexta-feira, 20 de novembro de 2009

XIII Grupo de TDAH para portadores, familiares e Educadores.

XIII GRUPO DE APOIO AO TDAH com incentivo à leitura

* DIA: 24 DE NOVEMBRO DE 2009 (TERÇA-FEIRA)

* HORA: 19 HORAS

* LOCAL: AVENIDA 28 DE SETEMBRO, 389 - 7º ANDAR – AUDITÓRIO

*BAIRRO: VILA ISABEL, RIO DE JANEIRO

* COORDENAÇÃO: DRA EVELYN VINOCUR

* PALESTRANTE CONVIDADA: TERESA PEREIRA – DIRETORA DE PROJETOS DO NDPC – NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO DO POTENCIAL COGNITIVO – CENTRO DE REPRESENTAÇÃO ICELP/ISRAEL. (O NDPC é constituído por profissionais das áreas de Psicologia e Psicopedagogia e tem como objetivo, otimizar o desenvolvimento das habilidades intelectuais dos indivíduos, independente da idade e do grau de dificuldade apresentado na aprendizagem. Atua nas áreas escolar, clínica, empresarial e social, desenvolvendo projetos educacionais no terceiro setor).
Cada vez mais, os grupos psicoeducativos tem se mostrado um forte ponto de encontro para a divulgação, entendimento, apoio e referência para pessoas com transtornos. Assim, parentes, familiares e amigos de pessoas com TDA/H se beneficiam muito desse tipo de encontro. No grupo, experiências, conflitos, culpas e vivências são compartilhadas. Você vai ouvir depoimentos e se quiser, dar o seu relato. O grupo é de extrema relevância e promove uma maior compreensão do que é o TDAH, como ele pode se manifestar (nas várias idades, seus diferentes subtipos), etc.
É importante ressaltar também que o TDAH apresenta excelente resposta ao tratamento medicamentoso. Falarmos sobre medicamentos e mitos acerca do tratamento do TDAH é de grande valia, pois o diagnóstico e tratamento precoces e corretos são parte fundamental para um vida com mais qualidade.
Os participantes receberão folders explicativos do TDA/H. Sortearemos o livro TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO do Prof. José Salomão Schwartzman, Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP. Ao final do grupo, um lanche é servido aos participantes.
Telefone: (21) 2576-5198 Para saber mais, acesse: www.evelynvinocur.com.br, www.tdahemfoco.com.br
Favor confirmar presença.

domingo, 11 de outubro de 2009

COMO FOI O ENCONTRO GAB - GRUPO DE APOIO AO TRANSTORNO BIPOLAR PARA CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS, DO DIA 06 DE OUTUBRO DE 2009.

Na terça-feira passada, dia 06 de Outubro de 2009, foi realizado mais um encontro do GRUPO GAB, ou Grupo Afetivo Bipolar, em Vila Isabel.

O grupo é moderado pela neuropsiquiatra EVELYN VINOCUR, que atende crianças, adolescentes e adultos com transtornos de ordem emocional. Estiveram presentes cerca de vinte participantes, entre familiares e portadores, inclusive adolescentes.

*** POR VONTADE DO GRUPO, EM TODOS OS ENCONTROS DO GAB, FAREMOS, DAS 17 ÀS 18 HORAS, O GRUPO-DE-ESTUDOS GAB, ONDE ESTUDAREMOS AS TÉCNICAS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS MAIS RECENTES PARA O MANEJO DO TRANSTORNO BIPOLAR.

*** SEGUIREMOS PREFERENCIALMENTE, O LIVRO QUE TAMBÉM FOI LANÇAMENTO DO SIMPÓSIO, QUE É VENCENDO O TRANSTORNO BIPOLAR.

**** A PARTIR DAS 15 HS, O AUDITÓRIO FICARÁ ABERTO PARA OS PARTICIPANTES QUE QUISEREM CHEGAR MAIS CEDO. VAI FICAR RESERVADO DAS 15 ÀS 17HS, PARA OS PARTICIPANTES, COMO UM ESPAÇO SOCIAL, UM GAB-POINT.LEMBRANDO QUE

O PRÓXIMO ENCONTRO GAB SERÁ NO DIA 10 DE NOVEMBRO, AS 17 HORAS, NO MESMO LOCAL.

QQ DÚVIDA = 21 2576-5198 // 21 9989-5798.

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRANSTORNO BIPOLAR INFANTIL

A DRA EVELYN VINOCUR participou do II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA, realizado nos dias 24, 25 e 26 de Setembro de 2009.
Psiquiatras renomados da infância estavam presentes, bem como o respeitável americano Prof. Bóris Bismaher, Psiquiatra infantil e pesquisador da Universidade de Pittsburg, EUA. O evento foi coordenado pela Dra Lee Fu I, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de SP, que lançou seu segundo livro sobre o assunto.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Palestra sobre TDAH pelos 50 anos do Colégio Dom Helder Câmara


A Dra. Evelyn Vinocur ministrou nessa semana, cinco palestras em homenagem à comemoração dos 50 anos do Colégio de Aplicação Dom Helder Câmara, da Universidade Universo, em Niterói. O tema foi sobre o TDA/H – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, por ser um transtorno intimamente relacionado ao comprometimento do rendimento acadêmico.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

XII Grupo de TDAH para portadores, familiares e Educadores.


XII GRUPO DE TDAH PARA PORTADORES, FAMILIARES, EDUCADORES E PROFISSIONAIS DE OUTRAS ÁREAS QUE SE INTERESSAM PELO TEMA. O GRUPO TEM INCENTIVO À LEITURA.


DIA - SEGUNDA- FEIRA, 14 DE SETEMBRO DE 2009

HORÁRIO: 19 HORAS

LOCAL - AV 28 DE SETEMBRO 389 - AUDITÓRIO - SÉTIMO ANDAR

VILA ISABEL - RIO DE JANEIRO - RJ

TEL: 21 2576-5198 // 21 9989-5798


O Grupo de TDAH é um grupo que busca ajudar a divulgação do transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade à sociedade, inclusive aos Educadores e familiares, que nao raro, encontram-se perdidos e sem saber como agir com o aluno com TDAH. E a mesma coisa, a Família. Conversamos, trocamos idéias, fazemos um lanche saboroso e ainda sorteamos um livro sobre o TDAH e mais alguns brindes entre os participantes.

domingo, 9 de agosto de 2009

veja um pouco do nosso X grupo de apoio ao tdah, em vila isabel.

Ao contrário do que se imaginava, o TDA/H não é uma doença “inocente” e benigna. Em virtude do significativo impacto causado por ela na sociedade, em que se pese, entre outros, o sentimento de fracasso precoce relatado por grande parte dos pacientes e o alto custo da doença, o TDA/H é uma condição séria e que exige intervenção imediata com profissionais qualificados para o diagnóstico, tratamento e manejo dos sintomas. Estudos estatísticos mostram que crianças com TDA/H quando comparadas a crianças sem o TDA/H e da mesma idade e condição sócio-econômica, apresentam maiores riscos de sofrerem rejeição e preconceito, bem como de apresentarem mais problemas sociais, afetivos, acadêmicos e laborativos, além de desenvolverem mais transtornos neuropsiquiátricos ao longo da vida.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dra Evelyn Vinocur E Prof Joseph Sergeant, IV Congresso ABDA


PROF JOSEPH SERGEANT, ESPECIALISTA EM TDAH DA VRIJE UNIVERSITEIT, AMSTERDAM, HOLAND AO LADO DA DRA EVELYN VINOCUR, NO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABDA NO RIO DE JANEIRO, 2009.

domingo, 26 de julho de 2009

Celebridades com TDAH


Celebridades com TDAH
Você pode ser muito bem sucedido, acredite, e veja a história de gente famosa e portadora de TDAH, que publicamente assumiram serem portadores do transtorno.
Albert Einsten lutou com dificuldades escolares. Thomas Edson teve muita dificuldade para se concentrar na escola e precisou sair da escola. Sua mãe o alfabetizou e deu aulas a ele. Apesar de ambos terem contribuído muito para o mundo, eles mesmo se consideram tendo dificuldades escolares e possivelmente o TDAH. Muita gente famosa ao longo da história apresentou sintomas de TDAH e ainda assim alcançaram muito sucesso e poder.
Hoje em dia, você se depara com muita gente com TDAH em todos os caminhos da vida. Doutores, advogados, empresários, atores e artistas. TDAH na significa insucesso ou incapacidade de atingir metas de vida. As vezes, criatividade e pensamento inovador ajudam as pessoas rumo ao sucesso.
O que se segue são histórias de sucesso de pessoas que publicamente já disseram ser portadores de TDAH. A lista está aqui para ajudar qualquer pessoa a entender que ser portador de TDAH não significa fracasso. Esperamos que esta lista possa ajudar você a lutar contra os sintomas do TDAH ao longo da vida.
Personalidades do Esporte
Terry Bradshaw
Terry Bradshaw was zagueiro do Pittsburgh Steelers e durante o tempo em que ficou time, ganhou quarto grandes prêmios, quatro taças para o seu time. Ele hoje trabalha como consultor de futebol e é co-patrocinador do Fox NFL Sunday. Terry Bradshaw tem o diagnóstico de TDAH e sofre de depressão.
Chris Kaman
Chris Kaman é o centro-avante do The Los Angeles Clippers. Quando seus pais procuraram ajuda médica, ele foi diagnóstico como portador de TDAH. Ele fez uso da Ritalina por muitos anos e hoje prefere lidar com seus sintomas através de estratégias comportamentais.
Hank Kuehne
Hank Kuehne venceu o campeonato do The U.S. Amateur em 1998 e regularmente joga golf no Canadian Tour. Hank foi um bebedor pesado de álcool na juventude e procurou tratamento aos 19 anos. Ficou sóbrio desde então. Ele atribui o seu beber pesado ao não diagnóstico de seus problemas de aprendizado e ao TDAH.
Cammi Granato
Cammi Granato venceu a medalha de ouro do hockey no gelo no Olympics. Ela compete no campeonato mundial desde 1990. Ao ser diagnóstico com TDAH, ela sentiu-se aliviada e entendeu as razoes de sua luta precoce, principalmente com problemas escolares. Seu TDAH, ela acredita, ajudou-a a vencer no hockey. O seu incansável jeito de ser contribuiu para o seu caminho rumo ao sucesso.
** e essa lista é só o começo de uma lista bem grande de outras celebridades com tdah...

bjs

evelyn

sábado, 25 de julho de 2009

25 dicas para você gerenciar bem o seu tempo.

Nem só adultos com TDAH freqüentemente reclamam sobre a sua inabilidade para monitorar o seu tempo de modo eficaz. Seguindo essas dicas, você terá mais facilidade em lidar melhor com o tempo. Algumas dicas poderão não servir pra você, enquanto outras serão perfeitas pra você OTIMIZAR o seu tempo e ter controle sobre ele!
1. Escreva as suas metas: de curto prazo, médio prazo e as de longo prazo. Use as suas metas de curto prazo como a sua agenda diária, revendo-a toda a tarde e marcando as que foram completadas e o que ainda precisa ser feito.

2. Suas metas de longo prazo devem ser desmembradas em tarefas mais curtas e possíveis, para que elas possam ser incluídas como parte do seu diário de metas de curto prazo

3. Use um sistema de marcação de pontos, como A, B e C como um meio de priorizar suas tarefas. Na medida em que você for completando suas “coisas a fazer”, dê uma nota de prioridade a cada uma delas. Você vai saber número piscar de olhos, quais as tarefas mais importantes e que devem ser completadas primeiro.

4. Peça um tempo para refletir sobre qualquer pedido novo que demande seu tempo. Aprenda a dizer “não” para pedidos que não se encaixem dentro da sua planilha ou para aqueles pedidos onde você aha que não será capaz de dedicar a atenção necessária.

5. Trabalhe nas tarefas que você não queira fazer primeiro. Muitas pessoas acreditam que completando logo as tarefas mais chatas e desagradáveis, sentir-se-ão motivadas a completar mais tarefas ao longo do dia.

6. Use tecnologia pra te lembrar de eventos importantes. Use alarme do celular, calendários online para ajudar você a se lembrar de tarefas a completar ou de lugares que você precisa ir.

7. Delegue tarefas sempre que possível. Em casa, se tarefas podem ser delegadas ao cônjuge ou ao filho, então peça ajuda a eles. No trabalho, se for habilitado a delegar tarefas, delegue-as.

8. Use email quando possível. Um simples email pode substituir uma ligação telefônica de 10 ou mais minutes. O email vai funcionar se não atrapalhar você cumprir com os seus compromissos. Nesses casos, mande um email e sua tarefa estará completa em segundos.

9. Desligue o seu celular ou telefone de casa se você estiver no meio de uma tarefa a ser completada, para evitar interrupções. Você pode ouvir as mensagens mais tarde e retornar as ligações quando for mais conveniente pra você.

10. Reserve um tempo para você responder emails e retornar ligações, evitando assim interrupções em sua linha de raciocínio e concentração ao longo do dia.

11. Diminua a velocidade para ter certeza de que a tarefa será completada de modo correto da primeira vez. Repetir esforços não só é frustrante, como toma o dobro do seu tempo. Mesmo que uma tarefa esteja levando mais tempo do que você imaginou, é importante terminá-la corretamente da primeira vez.

12. Use um marcador de tempo (cronômetro) para mantê-lo no caminho certo. Isso ajuda se a pessoa tende ao hiperfoco nas tarefas com perda do controle do tempo. Acionar o cronômetro quando você tiver que mudar para a próxima tarefa pode ajudá-lo a manter-se no tempo.

13. Faça uma pausa e se exercite por alguns minutos, mesmo se o local de trabalho for estressante. Essa pequena pausa o ajudará a clarear a sua mente e lhe permitirá a ter um melhor foco.

14. Tenha a rotina de deletar emails desnecessários. Guardar emails que você não vai mais precisar pode te confundir e te deixar lento ou fazer com que você não comece a responder os emails necessários. Se você não sentir-se pronto para deletar emails, faça uma nova pasta e os arquive ali, de modo que você possa acessar rapidamente os novos emails.

15. Divida projetos extensos em pequenas tarefas e trabalhe com o objetivo de completá-los um de cada vez, para não ficar desgastado por conta de uma tarefa complexa e tediosa.

16. Conheça o seu próprio relógio interno. Saiba quando você trabalha melhor. Se você for mais produtivo na parte da manha, programe para completar suas tarefas mais difíceis nesse horário.

17. Procure maneiras de se distrair seja o que estiver fazendo. Achando algo divertido ou curioso em cada tarefa, você fará um trabalho melhor e mais rápido.

18. Tenha um notebook com você o tempo todo para anotar o que precisa ser terminado, datas que você precisa se lembrar ou outras informações importantes. Mais tarde, quando for preciso utilizar essas informações, você não perderá tempo tentando lembrá-las.

19. Repare no que você está fazendo agora de modo a você poder fazer mudanças e melhorar o modo como você gerencia o seu tempo. Se você está procrastinando, avalie a situação e reflita no que você está evitando. Uma vez você consiga chegar a um acordo, você será capaz de dar conta da tarefa mais facilmente.

20. Guarde pequenas tarefas com você para serem feitas enquanto você estiver aguardando numa fila, ou esperando por alguém.

21. Estabeleça data final pra você mesmo para os projetos e trabalhos que estejam dentro do período.

22. Tenha um calendário principal de modo que você possa olhar prospectivamente, seja na mesma semana ou no mesmo mês, e tentar planejar situações e respectivas soluções para situações que possam dar problemas futuros.

23. Acredite no seu julgamento. Pensamentos e críticas posteriores podem gastar o seu precioso tempo.

24. Programe seus dias de modo que tarefas rotineiras sejam terminadas no mesmo horário, todos os dias. Você achará que elas ficam mais rápidas na medida em que você ficar mais familiarizado com elas e aí poder operá-las bem mais rápido nas tarefas de rotina.

25. Se dê recompensas ao terminar cada tarefa.

EFEITO CARDIOVASCULAR DO TRATAMENTO DO TDAH

EFEITOS CARDIOVASCULARES EM LONGO PRAZO COM ALTAS DOSES DO METILFENIDATO OROS EM JOVENS COM TDAH

Muita controvérsia existe sobre os efeitos de altas doses do metilfenidato de liberação controlada sobre o sistema cardiovascular de jovens com TDAH. É indicado que se observe o ECG, a pressão arterial sistólica e a diastólica e a freqüência cardíaca para esses pacientes. Um estudo foi feito na Universidade de Harvard, com 114 jovens portadores de TDAH que estavam usando doses acima de 1,5 mg/kg/dia. Os parâmetros vasculares foram repetidos dentro de seis semanas e seis meses após. Os resultados obtidos foram pequenos embora significativos, sobre alterações na pressão diastólica e na freqüência cardíaca na sexta semana, porém não foram encontrados nenhum aumento até a nova checagem, seis meses após. Vemos por esse estudo que houve um pequeno e significativo aumento na pressão arterial diastólica ao longo do tempo. Interessante ressaltar que 30% desses pacientes já haviam tido elevações isoladas da pressão arterial antes de fazerem parte desse estudo e que 15% deles tiveram três atendimentos consecutivos onde foi visto aumento da pressão arterial durante o tratamento com metilfenidato oros. Não houve alterações significativas nos parâmetros do ECG durante o tratamento. Também não houve efeitos colaterais sérios durante o estudo. Podemos concluir, através desse estudo, que o tratamento com doses relativamente elevadas de metilfenidato oros foi associada a um pequeno aumento da pressão arterial diastólica e freqüência cardíaca durante as seis primeiras semanas do tratamento, sem alterações clínicas significativas no ECG. E que essas observações são consistentes com estudos anteriores usando doses mais baixas de metilfenidato.

ADAPTADO DE:
Hammerness P, Wilens T, Mick E, Spencer T, Doyle R, McCreary M, Becker J, Biederman J.
Clinical and Research Program in Pediatric Psychopharmacology, Massachusetts General Hospital and Harvard Medical School, Boston, MA 02138, USA. phammerness@partners.org

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Congresso 2009 da ABDA trará Joseph Sergeant











Congresso da ABDA trará Joseph Sergeant
Estão abertas as inscrições para o IV Congresso Internacional da ABDA, Associação Brasileira do Déficit de Atenção, que reúne médicos especialistas, familiares, escolas e profissionais da educação, além de portadores do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH, um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).O congresso acontecerá nos dias 31 de julho e primeiro de agosto no Rio Othon Palace, Av. Atlântica , 3264, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Esta edição contará com a presença de Joseph Sergeant, que é professor and chair of Clinical Neuropsychology, na Vrije Universiteit, em Amsterdam, Holanda, e apresentará as conferências "Recompensa e punição: o que os pais devem saber para realmente ajudar" e "Comprometimento Acadêmico e TDAH".Inscrições e maiores informações podem ser obtidas pela página http://www.tdah.org.br/congresso/ ou pelo telefone (21) 2295-0921.Fonte: http://www.tdah.org.br/ /

IV CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABDA NO RIO


IV CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABDA
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO)

Dias 31 de Agosto e 1 de Setembro de 2009.
Hotel Rio Othon - RJ

A Dra Evelyn Vinocur participará do quarto congresso internacional sobre o transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, que acontecerá no Hotel Rio Othon e contará com a presença de ilustres especialistas internacionais como Joseph Sergeant.

sábado, 11 de julho de 2009

TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA

TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA
Conceito
Lorna Wing definiou o autismo como uma síndrome que apresenta comprometimentos em três importantes domínios do desenvolvimento humano: a comunicação, a sociabilização e a imaginação. A isto, ela deu o nome de tríade. Desvios qualitativos da comunicação Caracterizada pela dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal. Isto inclui gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e modulação na linguagem verbal. Portanto, dentro da grande variação possível na severidade do autismo, poderemos encontrar uma criança sem linguagem verbal e com dificuldades na comunicação por qualquer outra via - isto inclui ausência de uso de gestos ou um uso muito precário dos mesmos; ausência de expressão facial ou expressão facial incompreensível para os outros e assim por diante - como podemos, igualmente encontrar crianças que apresentam linguagem verbal, porém esta é repetitiva e não comunicativa. Muitas das crianças que apresentam linguagem verbal repetem simplesmente o que lhes foi dito. Este fenômeno é conhecido com ecolalia imediata. Outras crianças repetem frases ouvidas há horas, ou até mesmo dias antes (ecolalia tardia). É comum que crianças com autismo e inteligência normal repitam frases ouvidas anteriormente e de forma perfeitamente adequada ao contexto, embora, geralmente nestes casos, o tom de voz soe estrando e pedante. Desvios qualitativos na sociabilização Este é o ponto crucial no autismo e o mais fácil de gerar falsas interpretações. Significa a dificuldade em relacionar-se com os outros, a incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e a dificuldade na discriminação entre diferentes pessoas. Muitas vezes a criança que tem autismo aparenta ser muito afetiva, por aproximar-se das pessoas abraçando-as e mexendo, por exemplo, em seu cabelo ou mesmo beijando-as quando na verdade ela adota indiscriminadamente esta postura, sem diferenciar pessoas, lugares ou momentos. Esta aproximação usualmente segue um padrão repetitivo e não contém nenhum tipo de troca ou compartilhamento. A dificuldade de sociabilização, que faz com que a pessoa que tem autismo tenha uma pobre consciência da outra pessoa, é responsável, em muitos casos, pela falta ou diminuição da capacidade de imitar, que é uns dos pré-requisitos cruciais para o aprendizado, e também pela dificuldade de se colocar no lugar de outro e de compreender os fatos a partir da perspectiva do outro. Pesquisas mostraram que mesmo nos primeiros dias de vida um bebê típico prefere olhar para rostos do que para objetos. Através das informações obtidas pela observação do rosto dos pais, o bebê aprende e encontra motivação para aprender. Já o bebê com autismo dirige sua atenção indistintamente para pessoas e para objetos, e sua falha em perceber pessoas faz com que perca oportunidades de aprendizado, refletindo em um atraso do desenvolvimento. Desvios qualitativos na imaginação Se caracteriza por rigidez e inflexibilidade e se estende às várias áreas do pensamento, linguagem e comportamento da pessoa. Isto pode ser exemplificado por comportamentos obsessivos e ritualísticos, compreensão literal da linguagem, falta de aceitação das mudanças e dificuldades em processos criativos. Esta dificuldade pode ser percebida por uma forma de brincar desprovida de criatividade e pela exploração peculiar de objetos e brinquedos. Uma criança que tem autismo pode passar horas a fio explorando a textura de um brinquedo. Em crianças que têm autismo e têm inteligência preservada, pode-se perceber a fixação em determinados assuntos, na maioria dos casos incomuns em crianças da mesma idade , como calendários ou animais pré-históricos, o que é confundido às vezes com nível de inteligência superior. As mudanças de rotina, como de casa, dos móveis, ou até mesmo de percurso, costumam perturbar bastante algumas dessas crianças. Espectro do Autismo O Autismo não é uma condição de "tudo ou nada"; ao contrário, é visto como um continuum que vai do grau leve ao severo. Existe uma grande associação entre autismo e retardo mental, desde o leve até o severo, sendo que considera-se que a gravidade do retardo mental não está necessariamente associada à gravidade do autismo. A palavra autismo atualmente pode ser associada a diversas síndromes. Os sintomas variam amplamente, o que explica por que atualmente refere-se ao autismo como um espectro de transtornos Dentro deste espectro encontramos sempre a tríade de comprometimentos que confere uma característica comum a todos eles. Alguns são diagnosticados simplesmente como autismo, traços autísticos, etc, ou Síndrome de Asperger (considerado por muitos como o autismo com inteligência normal). Além destes, existem diversas síndromes identificáveis geneticamente ou que apresentam quadros diagnósticos característicos, que também estão englobadas no Espectro do Autismo.
VISÃO ATUAL:
UM CONCEITO EM TRANSFORMAÇÃO

Introdução
As mudanças na forma de conceber o autismo estão ainda intimamente atreladas às mudanças conceituais na Psiquiatria, especialmente concernentes ao diagnóstico e classificação, mais recentemente à pesquisa em diversas disciplinas. Fazendo um breve resumo do prefácio do manual de Almeida e cols (1996):
- Somente em meados do século XIX, a doença mental passou a ser objeto de estudo e investigação sistemática, especialmente na Europa, passando por um “período científico-naturalista”. Como a medicina orgânica, a medicina mental tentou inicialmente decifrar a essência da doença agrupando os sinais que a indicavam, constituindo-se assim uma sintomatologia. Por outro lado, constituiu-se também uma nosografia, onde são analisadas as próprias formas da doença, descritas as fases de evolução e restituídas as variantes que ela possa apresentar. Podemos ser dito que Kraepelin e Freud ajudaram a delimitar a abordagem clínica da doença mental do ponto de vista biológico e psicológico, respectivamente. Entretanto, a introdução do método fenomenológico por Karl Jaspers (1883-1969) contribuiu para estabelecer as bases da psicopatologia moderna.
- A partir do final da década de 40, a psiquiatria passa para a “era dos psicotrópicos”, a partir da descrição de John Cage da surpreendente eficácia dos sais de lítio no tratamento de pacientes com transtorno bipolar do humor. Sendo assim, num período de 10 anos, três grandes classes farmacológicas haviam sido descritas: antimaníacos, antipsicóticos e antidepressivos - tendo tal impacto sobre o tratamento e compreensão da doença mental, que estes nunca mais seriam os mesmos (Almeida e cols, 1996). Com a ajuda da medicação, o número de leitos e asilos psiquiátricos caiu vertiginosamente nas décadas subseqüentes, culminando na “era do cuidado comunitário”. - A partir dos anos 60 e 70, o tratamento de pessoas com transtornos mentais migrou dos asilos para os ambulatórios, e em alguns locais, para a própria comunidade. Sendo que um dos objetivos do tratamento seria a reinserção plena do doente mental. Surge então, a antipsiquiatria, que questionava a própria razão de ser da psiquiatria, ou seja, questionava a existência da doença mental. - Atualmente a psiquiatria estaria embarcando na “era científica”, onde uma relação mais direta entre clínica e pesquisa, aliada a novas “armas metodológicas” seriam promotoras potenciais de avanços significativos na clínica, manejo e investigação das doenças mentais. Salientam a importância do descobrimento dos fatores de risco e etiológicos das doenças mentais.
Em relação à metodologia destacam:
a) o aperfeiçoamento das técnicas de investigação epidemiológica, quanto ao delineamento e instrumentos de investigação e análise, incluindo técnicas estatísticas sofisticadas;
b) a modificação das técnicas usadas em ensaios clínicos permitindo a avaliação da eficácia e efeitos colaterais de novos grupos de psicofármacos;
c) a introdução de métodos de neuroimagem funcional e estrutural viabilizando o estudo do cérebro de pacientes acometidos in vivo;
d) estudos anatômicos usando técnicas imuno-químicas têm permitido a abertura de novas perspectivas de compreensão de várias doenças mentais e
e) técnicas de genética e biologia molecular têm sido usadas para desvendar os genes e a patogênese envolvidos em diversas doenças mentais. Observam que a partir deste momento a psiquiatria tornou-se uma especialidade multidisciplinar extremamente complexa.
- Concluem que ao que tudo indica, até o momento, foram dados apenas os primeiros passos para o que possa vir a ser uma reformulação radical da noção de doença mental. Entretanto, as grandes questões filosóficas permanecem, por exemplo, a relação mente/cérebro e objetivo/subjetivo ainda não foi resolvida. A este respeito Sonenreich (1996) comenta a necessidade da psiquiatria de não se fixar em ideais como: “tudo parte da observação e a descrição rigorosa é o único instrumento científico”. Também enfatiza a necessidade de superação do dualismo: “Na psiquiatria falamos de atividade psíquica e atividade cerebral como se fossem realidades em si, diferentes, precisando ser abordadas por instrumentos diferentes.Quem quer ultrapassar o dualismo acha que deve ou considerar a mente como produto do cérebro, ou o cérebro como produto da mente. Os estudos neurofisiológicos demonstram de maneira convincente que noções como causa-efeito, antes-depois, parte-todo, psicogênico-biológico precisam ser reformuladas. Falar de processos cerebrais e processos psíquicos é adotar certo modo de encarar os problemas, certo ponto de vista, certo nível de abordagem. Não significa que tratamos de realidades diferentes, eventualmente independentes. Para nos, a psiquiatria é um corpo de saber científico que se aplica a uma realidade, mas não se identifica com ela, não decorre dela. Como a física, a matemática: são ciências e não a mesma coisa que o objeto estudado, medido, calculado”.
Sistemas Atuais de Classificação em Psiquiatria
Os sistemas classificatórios mais usados em nossos dias e praticamente “oficiais” para pesquisa, periodicamente revisados e representando um consenso entre profissionais são o
DSM –IV ou “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders”, desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria e o CID - Classificação Internacional de Doenças, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde. Atualmente DSM encontra-se na 4ª versão (DSM-IV), ou 5ª versão se consideramos o DSM-IV-TR (2002), e o CID na 10ª versão. Segundo Jorge (1996), é tido como o ideal uma classificação etiológica baseada na compreensão patogênica da cada transtorno mental. Entretanto considera esta tarefa um tanto difícil, em face à multiplicidade de fatores que determinam o aparecimento de um transtorno mental. Segundo Lotufo Neto e cols (1995), a psiquiatria está na fase de descrição de síndromes – ou a etiologia não é conhecida, ou quando conhecida, ela é multifatorial. Segundo Campos (1999), o objetivo principal dos códigos de classificação é psibilitar a comunicação dentre os diversos tipos de profissionais não somente pesquisadores, mas também clínicos e institucionais. Existe também a afirmação, contestável, que por serem descritivos – dando ênfase nos comportamentos e achados clínicos - os manuais seriam “ateóricos”, podendo então ser usados por profissionais independentemente da orientação. Os códigos de classificação das doenças mentais optaram pela descrição dos quadros. Ao invés de operar com entidades nosológicas, estes sistemas têm preferido operar com descrições sindrômicas, devido à dificuldade de se estabelecer uma relação de causa e efeito entre os fatos e as manifestações. Sendo assim, sinais e sintomas devem ser agrupados de forma a constituir uma síndrome, que terá diferentes padrões de evolução na dependência das múltiplas causas que podem determiná-la. Desta forma, diversas doenças podem manifestar-se através de um mesmo quadro sindrômico. Por esta razão, os atuais sistemas de classificação têm usado o termo “transtornos” (“disorders”) mentais e não “doenças” mentais. Segundo a definição do CID-10 (OMS, 1992), a definição de transtorno mental se refere a: “...um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecíveis associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais” . É importante ainda ressaltar que a definição do patológico em psiquiatria deriva de duas posições clássicas da Medicina:
1. A medicina Hipocrática é dimensional, entendendo a doença como um estado em um continuum que também inclui a sanidade.
2. A medicina Platônica é categorial, definindo as doenças como estados típicos, distintos uns dos outros e do estado de sanidade. Ela nos remete a entidades discretas, com limites claros e qualitativamente definidos. No entanto há dois modelos de classificação categorial:
a. Clássica ou tradicional - é um modelo determinístico, onde a pertinência é homogênea, os limites são distintos e se ajustam perfeitamente às categorias;
b. Prototípica - é um modelo probabilístico, onde a pertinência é heterogênea, os limites se sobrepõem e se ajustam apenas parcialmente às categorias. A proposta dos atuais sistemas de classificação tende se ajustar mais ao segundo modelo (platônico, categorial e prototípico), onde seus constituintes são protótipos de transtornos mentais (Jorge, 1996). Etmologicamente o termo diagnóstico tem origem grega e significa reconhecimento. Ele deveria ter os seguintes objetivos e funções: constituir uma categoria para o conhecimento, se constituir em instrumento de comunicação, possibilitar uma previsão (prognóstico) e se constituir em fundamento de uma atividade (função social do diagnóstico). Estes têm o papel de orientar as condutas terapêuticas e de se prestar à definição de políticas de saúde adequadas ao perfil nosológico de uma determinada coletividade (Jorge, 1996). Em psiquiatria o processo diagnóstico envolve as diversas fases componentes de uma avaliação psiquiátrica.
Evolução da Terminologia, classificação e construção do conceito -
Em conceito o diagnóstico de autismo não mudou substancialmente desde a primeira formulação, ocorreram sim muitas mudanças na maneira de interpretá-lo, o que resultou num número muito maior de pessoas diagnosticadas com autismo (Tager-Flusberg, Joseph e Folstein, 2001) . Durante as últimas décadas as mudanças nos conceitos de autismo têm sido “capturadas” nas diferentes edições do DSM e do CID. Cabe aqui lembrar que a Escola Psiquiátrica Francesa remete o autismo a um defeito na organização ou desorganização da personalidade, mantendo-se fiel à concepção do que foi o termo psicose (Houzel, apud Assumpção Jr., 1995). Da mesma forma que a nona revisão do CID (Misés, apud Assumpção Jr., 1995). Nos sistemas de classificação oficiais o termo “autismo” como condição de acometimento na infância, só aparece após mais de 20 anos da primeira publicação de Kanner. Na primeira menção, no CID-8, é classificado com um subgrupo das esquizofrenias (Wing e Potter, 2002). As primeiras alterações desta concepção surgem em 1976, a partir do famoso livro de Ritvo sobre autismo, onde ele associa o autismo a déficits cognitivos, considerando-o um distúrbio do desenvolvimento e não uma psicose (Assumpção Jr, 1995; Assumpção Jr e Pimentel, 2000). Em 1979, Wing e Gould terminaram o famoso estudo epidemiológico de Camberwell. O objetivo do estudo foi de Investigar toda a amplitude de fenômenos clínicos nas crianças para verificar se as síndromes nomeadas na literatura poderiam ser identificadas e separadas umas das outras e de outros transtornos da infância. Para observar qualquer mudança que poderia ocorrer com a passagem do tempo as crianças foram então acompanhadas até a adolescência ou início da vida adulta. Uma limitação deste estudo foi que as crianças elegíveis foram procuradas somente dentre aquelas que freqüentando escolas especiais e classes especiais. Conseguiram detectar um grupo de crianças que apresentavam perturbações sociais e interação social comprometida e anormal para qualquer idade mental. Seus níveis de inteligência abrangiam toda a amplitude, desde retardo profundo até normal, embora a maioria tinha retardo mental. O comprometimento social deste grupo estava diretamente associado aos comprometimentos da interação social, da comunicação social de duas vias (bidirecional) e imaginação social.
Incidência
A Incidência do autismo varia de acordo com o critério utilizado por cada autor. Bryson e Col., em seu estudo conduzido no Canadá em 1988, chegaram a uma estimativa de 1:1000, isto é, em cada mil crianças nascidas uma teria autismo. Segundo a mesma fonte, o autismo seria duas vezes e meia mais freqüente em pessoas do sexo masculino do que em pessoas do sexo feminino. Segundo informações encontradas no site da ASA – Autism Society os América (http://www.autism-society.org/site/PageServer, 1999), a incidência seria de 1:500, ou 2 casos a cada 1000 nascimentos. De acordo com o órgão norte-americano Center of Disease Control and Prevention (CDC, http://www.cdc.gov/) , o autismo afetaria de 2 até 6 pessoas em cada 1000, isto é, poderia afetar até 1 pessoa em cada 166. O autismo seria 4 vezes mais freqüente em pessoas do sexo masculino.O autismo incide igualmente em famílias de diferentes raças, credos ou classes sociais.
A “Tríade de comprometimentos"
Interação Social / Comunicação/ Imaginação
Comportamento:
rígido, repetitivo e estereotipado A partir de pesquisas realidades na década de 1970 e destes resultados, e do interesse no trabalho de Asperger, Wing e Gould (1979) formularam inicialmente a noção de um continuum de gradação nitidamente relacionada com o grau de comprometimento cognitivo - e posteriormente nomeado de espectro do autismo (Gillberg e Gillberg, 1989) - cujas características essenciais comuns seria
a- noção de “Tríade de Comprometimentos” da interação social, comunicação e imaginação (Wing, 2005). A presença da tríade produziria um padrão de atividades e interesses rígidos, repetitivos e estereotipados Existem outras características clínicas vistas em transtornos do continuum do autismo, não mencionadas nas várias séries de critérios essenciais para o diagnóstico.
b- As manifestações de cada item (numerados de 1 a 4 sob cada legenda) são pontos escolhidos arbitrariamente ao longo do continuum. Na verdade, cada um se mistura ao outro sem quaisquer divisões claras O DSM-III (APA, 1980), marcou uma mudança importante no conceito de “autismo infantil”. Se nas edições anteriores do DSM (APA, 1952, 1968) o termo esquizofrenia infantil descrevia as crianças autísticas, a partir do DRM-III (APA, 1980), o autismo passou a fazer parte de uma nova classe de distúrbios com início na infância. Foi inserido na categoria geral das “Pervasive developmental disorders” - traduzida para o português como “distúrbios invasivos do desenvolvimento”, “distúrbios abrangentes do desenvolvimento” ou ainda “distúrbios globais do desenvolvimento”. O autismo saiu então das asas da esquizofrenia e das psicoses, para ser concebido como um transtorno do desenvolvimento. Alguns autores observam que o conceito de “Pervasive developmental disorders” foi uma “tradução” um pouco diferente da tríade de Wing. O termo “persavive”, conservado pelas classificações oficiais, refere-se à idéia de que os comprometimentos da tríade “penetrariam ou atravessariam” todas as esferas da vida da criança, sendo provenientes de um distúrbio do desenvolvimento (Szatmari, 2000; Tisdmarsh e Volkmar, 2003).
AUTISMO CLÁSSICO
O Autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem dentro do próprio âmbito da ciência divergências e grandes questões por responder. Há 20 anos, quando surgiu a primeira associação para o Autismo no país, o Autismo era conhecido por um grupo muito pequeno de pessoas, entre elas poucos médicos, alguns profissionais da área de saúde e alguns pais que haviam sido surpreendidos com o diagnóstico de Autismo para seus filhos.Atualmente, embora o Autismo seja bem mais conhecido, tendo inclusive sido tema de vários filmes de sucesso, ele ainda surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo fato de na maioria das vezes a criança autista ter uma aparência totalmente normal. O Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no usa da imaginação. É comum pais relatarem que a criança passou por um período de normalidade anteriormente à manifestação dos sintomas. Quando as crianças com autismo crescem, desenvolvem suas habilidades sociais em extensão variada. Alguns indivíduos permanecem indiferentes, não entendendo muito bem o que se passa na vida social. Eles se comportam como se as outras pessoas não existissem, rejeitam o contato físico, olham através de você como se você não estivesse lá e não reagem a alguém que fale com eles ou os chame pelo nome. Freqüentemente suas faces mostram muito pouco de suas emoções, exceto se estiverem muito bravos ou agitados. São indiferentes ou têm medo de seus colegas e usam as pessoas como utensílios para obter alguma coisa que queiram. Outros indivíduos tornam-se extremamente passivos, mas amigáveis se a interação é iniciada por outra pessoa. Permanecem estranhamente distantes e desinteressados no que ocorre ao seu redor, outros, ainda, são do tipo esquisito, excêntrico, que se aproxima e interagem com as pessoas de forma inadequada, tocando-as, interrompendo-as e agindo de forma dissonante do contexto. Pessoas com esse distúrbio possuem dificuldades qualitativas na comunicação, interação social, e a imaginação (a chamada tríade), e consequentemente apresentam problemas comportamentais. Muita vezes o simples fato de querer ir ao banheiro e não conseguir comunicar a ninguém pode ocasionar problemas como auto-agressão ou agressão aos outros. Algumas crianças apresentam diferentes graus de dificuldade, desde o início de suas vidas, para se relacionarem de forma recíproca com outras pessoas e interagirem diante de situações sociais. Essas crianças são portadoras de uma síndrome chamada autismo e suas características podem ser agrupadas na tríade principal: desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.É importante destacar a existência de gradações na presença e intensidade dos sintomas, conferindo graus diferenciados de comprometimento no Autista, o chamado continuum autista. O autismo é uma inadequação no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave, durante toda a vida. Aparece tipicamente nos primeiros anos de vida. Acomete 2 a 5 crianças em cada dez mil nascidos e é 2-4 vezes mais comum em meninos do que entre meninas. É encontrado em todo mundo e em famílias de toda configuração racial, ética e social. Não se conseguiu provar qualquer causa psicológica na etiologia do autismo. O que não significa que o meio seja ambiente inócuo. O prognóstico e o desenvolvimento da capacidade plena dessas crianças são influenciados pela forma como vivem (os cuidados que recebem e a estrutura da rede de apoio). A causa principal está relacionada a alterações biológicas, sejam hereditárias, ocorridas na gestação e/ou parto. Possivelmente, dessas alterações decorrem os erros no funcionamento cerebral. Entretanto, uma definição exata ainda não é possível. O diagnóstico é clínico, ou seja, dado por um profissional treinado, capaz de, através da observação e entrevista com pais e pacientes, identificar sinais e sintomas peculiares.Antes dos três anos de vida já são observados padrões de comportamento distintos em relação aos outros indivíduos da mesma idade. Ainda bebês, podem possuir alterações de sono deixando muitos pais surpresos com a quietude da criança ou com seu choro incessante; não se aninham e, inclusive, apresentam certa aversão ao contato físico; não imitam o gesto dos pais (como, por exemplo, acenar ao se despedir) ou apresentam movimentos antecipatórios (estender os braços visando ir a um dos pais); não mantêm contato visual e tendem a uma forma atípica de olhar e não compartilham um foco de atenção. À medida que vão crescendo, chama a atenção o fato de parecerem não escutar os comandos dados, haver uma ausência de medos reais, uma aparente insensibilidade à dor, uma forma diferente de andar - “na ponta dos pés” - e a presença de gestos estranhos (estereotipias) nas quais buscam conforto (como, por exemplo, balançar o tronco). Episódios de autoagressão podem acontecer. Podem apresentar hipersensibilidade a determinados sons e repetir imediata ou tardiamente frases e sons ouvidos (ecolalia). Podem apresentar, ainda, comportamento estranho e retraído; uma maneira inadequada de brincar; com ausência da reação de surpresa ou dificuldade para realizar o “faz de conta”; interesses específicos com persistência em girar objetos e habilidades especiais (hiperlexia ou ouvido absoluto, por exemplo); fascinação por água; crises de choro e angústia sem razões explicáveis; risos e gargalhadas fora do contexto e um retardo no desenvolvimento das habilidades motoras. Essas ocorrências servem como advertência para a necessidade de uma visão diferenciada pelos pais, educadores e médicos. Esses infantes indicam suas necessidades, quando o fazem, através de gestos e do uso das pessoas como instrumento para realizarem a ação desejada. Por fim, apresentam resistência a mudanças de rotina, não aprendendo através dos métodos usuais de ensino. Visando a uniformização do diagnóstico foram criadas diferentes escalas, além das definições mundialmente seguidas contidas na Classificação Internacional das Doenças. 10ª. Edição (CID 10) e no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. 4ª. Edição. (DSM-IV). Investigações laboratoriais devem ser realizadas visando o diagnóstico diferencial e o diagnóstico de possíveis comorbidades associadas.
Os principais exames solicitados são:
1.Sorologias
2. ECG
3. Avaliação oftalmológica/ ortóptica
4.Neuropsicológico
5. Pesquisa do X frágil/ Cariótipo
6. RNM de crânio
7. EEG
8. Erros inatos do metabolismo / teste do pezinho
9. Avaliação Audiológica
O diagnóstico precoce e a pronta intervenção não trazem a cura, mas, sem dúvida, promovem uma melhor qualidade de vida para esses pacientes e toda sua família.
SÍNDROME DE ASPERGER
Apresentação:
Apesar de ter sido descrita por Hans Asperger em 1944 no artigo “Psicopatologia Autistica na Infância” , apenas em 1994 a Síndrome de Asperger foi incluída no DSM-IV com critérios para diagnóstico. Algumas das características peculiares mais frequentemente apresentadas pelos portadores da Síndrome de Asperger são:
- Atraso na fala, mas com desenvolvimento fluente da linguagem verbal antes do 5 anos e geralmente com:o Dificuldades na linguagem,o Linguagem pedante e rebuscada,o Ecolalia ou repetição de palavras ou frases ouvidas de outros, o Voz pouco emotiva e sem entonação.
- Interesses restritos: escolhem um assunto de interesse, que pode ser seu único interesse por muito tempo. Costumam apegar-se a mais às questões factuais do que ao significado. Casos comuns são interesse exacerbado por coleções (dinossauros, carros, etc.) e cálculos. A atenção ao assunto escolhido existe em detrimento a assuntos sociais ou cotidianos.
- Presença de habilidades incomuns como calculos de calendário, memorização de grandes seqüências como mapas de cidades, cálculos matemáticos complexos, ouvido musical absoluto etc.
- Interpretação literal, incapacidade para interpretar mentiras, metáforas, ironias, frases com duplo sentido, etc.
- Dificuldades no uso do olhar, expressões faciais, gestos e movimentos corporais como comunicação não verbal.- Pensamento concreto.
- Dificuldade para entender e expressar emoções.
- Falta de auto-censura: costumam falar tudo o que pensam.- Apego a rotinas e rituais, dificuldade de adaptação a mudanças e fixação em assuntos específicos- Atraso no desenvolvimento motor e freqüentes dificuldades na coordenação motora tanto grossa como fina, inclusive na escrita..
- Hipersensibilidade sensorial: sensibilidade exacerbada a determinados ruídos, fascinação por objetos luminosos e com música, atração por determinadas texturas etc.;
- Comportamentos estranhos de autoestimulação;
- Dificuldades em generalizar o aprendizado;
- Dificuldades na organização e planejamento da execução de tarefas.
Algumas coisas são aprendidas na idade “própria”, outras cedo demais, enquanto outras só serão entendidas muito mais tarde ou somente quando ensinadas. Alguns pesquisadores acreditam que Sindrome de Asperger seja a mesma coisa que autismo de alto funcionamento, isto é, com inteligência preservada. Outros acreditam que no autismo de alto funcionamento há atraso na aquisição da fala, e na Síndrome de Asperger, não. Colocamos em anexo uma lista de critérios diagnósticos da Síndrome de Asperger elaborada pelo pesquisador sueco Christopher Gillberg.Muitas pessoas acreditam que a importância da diferenciação entre Síndrome de Asperger e Autismo de Alto Funcionamento seja mais de cunho jurídico do que propriamente para escolhas relacionadas ao tratamento.Por um lado, para algumas pessoas dizer, que alguém é portador de Síndrome de Asperger parece mais leve e menos grave do que ser portador de autismo, mesmo que de alto funcionamento – embora isto seja provavelmente uma ilusão. Por outro lado, associações de autismo em todo o mundo alegam que esta divisão em duas patologias diferentes enfraquece um movimento que necessita de tanto apoio como o dos que trabalham pelo autismo.
adaptado da ama - associação de amigos do autista.

sábado, 27 de junho de 2009

GRUPO DE APOIO A PORTADORES DE TDAH AMIGOS E FAMILIARES - RJ


Grupo de apoio a pais e portadores de TDAH com incentivo à leitura

local: Av 28 de Setembro 389 - sétimo andar - auditório - Vila Isabel - Rio de Janeiro - RJ

HORÁRIO: 20 hs

tel: 021 2576-5198 ou 021 7811-1694

O grupo de apoio a pais e portadores do TDAH será realizado na segunda-feira, dia 29 de junho de 2009, na próxima segunda -feira, as 20 HORAS.

Portadores e familiares do Rio de Janeiro e de outras cidades do Estado do Rio comparecem ao grupo e a troca entre essas famílias enriquece muito o grupo.

Cada participante coloca as suas questões para o grupo que troca vivências, experiências, dúvidas e angústicas que vem sofrendo.

sábado, 20 de junho de 2009

SÍNDROME DE ASPERGER


Apresentação
Apesar de ter sido descrita por Hans Asperger em 1944 no artigo “Psicopatologia Autistica na Infância” , apenas em 1994 a Síndrome de Asperger foi incluída no DSM-IV com critérios para diagnóstico.
Algumas das características peculiares mais frequentemente apresentadas pelos portadores da Síndrome de Asperger são:
- Atraso na fala, mas com desenvolvimento fluente da linguagem verbal antes do 5 anos e geralmente com:o Dificuldades na linguagem,o Linguagem pedante e rebuscada,o Ecolalia ou repetição de palavras ou frases ouvidas de outros,o Voz pouco emotiva e sem entonação.- Interesses restritos: escolhem um assunto de interesse, que pode ser seu único interesse por muito tempo. Costumam apegar-se a mais às questões factuais do que ao significado. Casos comuns são interesse exacerbado por coleções (dinossauros, carros, etc.) e cálculos. A atenção ao assunto escolhido existe em detrimento a assuntos sociais ou cotidianos.- Presença de habilidades incomuns como calculos de calendário, memorização de grandes seqüências como mapas de cidades, cálculos matemáticos complexos, ouvido musical absoluto etc.- Interpretação literal, incapacidade para interpretar mentiras, metáforas, ironias, frases com duplo sentido, etc. - Dificuldades no uso do olhar, expressões faciais, gestos e movimentos corporais como comunicação não verbal.- Pensamento concreto.- Dificuldade para entender e expressar emoções.- Falta de auto-censura: costumam falar tudo o que pensam.- Apego a rotinas e rituais, dificuldade de adaptação a mudanças e fixação em assuntos específicos- Atraso no desenvolvimento motor e freqüentes dificuldades na coordenação motora tanto grossa como fina, inclusive na escrita..- Hipersensibilidade sensorial: sensibilidade exacerbada a determinados ruídos, fascinação por objetos luminosos e com música, atração por determinadas texturas etc.;- Comportamentos estranhos de autoestimulação;- Dificuldades em generalizar o aprendizado;- Dificuldades na organização e planejamento da execução de tarefas.
Algumas coisas são aprendidas na idade “própria”, outras cedo demais, enquanto outras só serão entendidas muito mais tarde ou somente quando ensinadas.
Alguns pesquisadores acreditam que Sindrome de Asperger seja a mesma coisa que autismo de alto funcionamento, isto é, com inteligência preservada. Outros acreditam que no autismo de alto funcionamento há atraso na aquisição da fala, e na Síndrome de Asperger, não. Colocamos em anexo uma lista de critérios diagnósticos da Síndrome de Asperger elaborada pelo pesquisador sueco Christopher Gillberg.Muitas pessoas acreditam que a importância da diferenciação entre Síndrome de Asperger e Autismo de Alto Funcionamento seja mais de cunho jurídico do que propriamente para escolhas relacionadas ao tratamento.Por um lado, para algumas pessoas dizer, que alguém é portador de Síndrome de Asperger parece mais leve e menos grave do que ser portador de autismo, mesmo que de alto funcionamento – embora isto seja provavelmente uma ilusão. Por outro lado, associações de autismo em todo o mundo alegam que esta divisão em duas patologias diferentes enfraquece um movimento que necessita de tanto apoio como o dos que trabalham pelo autismo.

domingo, 24 de maio de 2009

DISTURBIO RESPIRATÓRIO NO TDAH É COMUM E PODE PASSAR DESPERCEBIDO

Criança com TDAH respira mal quando dorme.
O TDAH ou Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é caracterizado por uma gama de problemas relacionados à falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Esses problemas são causados por alterações no desenvolvimento de algumas áreas cerebrais que funcionam mais lentamente, causando dificuldades à criança em sua vida diária. O TDAH é um distúrbio biopsicossocial, ou seja, é fortemente influenciado por fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais, que contribuem para a intensidade dos problemas experimentados. Foi comprovado que o TDAH atinge 3% a 10% da população ao longo da vida. O diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir drasticamente os conflitos sociais, familiares, escolares, comportamentais e psicológicos vividos por essas crianças e seus familiares. Estudos mostram que através de um diagnóstico e tratamento corretos, um grande número dos problemas como repetência escolar, abandono dos estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente tratado ou até mesmo evitado. Sabemos que a presença outras patologias são a regra no curso do TDAH e não a exceção. Por isso devemos ficar atentos à problemas auditivos, visuais, transtornos de aprendizagem, distúrbios da coordenação motora, transtornos psiquiátricos diversos entre outros. Problemas dos sono estão presentes em percentual razoável nessas crianças, sendo comum a sonolência excessiva durante a tarde. Por isso, é fundamental a investigação sobre dos distúrbios obstrutivos respiratórios do sono em crianças com TDAH, uma vez que o problema dificulta as crianças de prestarem atenção e aprenderem o conteúdo das disciplinas escolares como os outros alunos. Alem disso, elas ficam agitadas ou às vezes apáticas, por conta do problema respiratório.O uso da telerradiografia em norma lateral como auxiliar no diagnóstico dos Distúrbios Obstrutivos Respiratórios do Sono em Crianças com TDAH foi desenvolvido pela Unicamp – SP e realizado em crianças com distúrbios de aprendizagem. Quando respiramos com dificuldade, a respiração alterada leva ao que chamamos de dessaturação, ou seja, prejuízo da oxigenação em áreas do cérebro como a área pré-frontal, que é a área mais comprometida no TDAH, agravando ainda mais o quadro.Como a criança não dorme bem, pode prejudicar a atenção, a conduta e o aprendizado. Por isso é importante a família e os professores terem informações sobre esse assunto e ficarem atentos aos alunos. Especialistas em TDAH precisam fazer uma triagem da parte respiratória em toda criança diagnosticada como tal. Se elas apresentam o problema, é importante diagnosticar se elas têm também os Distúrbios Obstrutivos Respiratórios do Sono, ou os dois. Avaliação odontológica é fundamental também, pois a criança pode ter atresia dos maxilares, o que acaba fragmentando a passagem do ar pelas vias aéreas e diminuindo o espaço de passagem do ar. Temos sempre que perguntar se a criança dorme bem, se ela ronca e se respira pelo nariz. Crianças que dormem de barriga para cima ficam com a ponta da língua baixa e não no céu da boca e podem ficar com a via aérea muito reduzida, até mesmo fechar em direção da garganta. a adenóide, as amígdalas e os maxilares. Importante também a avaliação da úvula, amígdalas e adenóides, além de desvio de septo. Não é normal a criança roncar, falar à noite, ter refluxo gastroesofágico, ranger os dentes (bruxismo), transpiração da cabeça e do tórax (excessiva), enurese noturna (fazer xixi na cama até 7 ou 8 anos) e movimento das pernas inquietas durante o sono, ou agitar as pernas e mãos durante o dia. Também podem apresentar problemas como a rinite alérgica crônica e amigdalites que atrapalham muito a respiração. Como a criança não consegue respirar de forma eficiente, ela tem um sono agitado e essa reação que ela apresenta é o corpo se movimentando devido a dificuldade da respiração. A criança pode ainda ter pesadelos e acordar gritando. A identificação desses distúrbios do sono pode ser percebida logo ao nascer pelos pais, melhor verificada pelos pediatras. Os pais muitas vezes percebem as agitações do sono, mas não as relacionam com fatores que podem aumentar a hiperatividade, prejudicar a atenção e o aprendizado nas crianças com TDAH. Também devem ser investigados os fatores como congestionamento nasal, apinhamento dental, palato ogival, lábios entreabertos, inflamação clínica das tonsilas palatinas, úvula (campainha) alongada e mau hálito.O TDAH, para ser adequadamente tratado necessita, como vemos, de uma avaliação clínica detalhada por profissional capacitado neste tipo de atendimento.

sábado, 23 de maio de 2009

UMA REVOLUÇÃO NA MEDICINA: A MEDICINA PERSONALIZADA

Exame genético determina dose de Medicamento para cada pacienteInstituto da USP desenvolve 1.º teste do tipo no País; medida reduz efeito adverso e melhora eficácia do tratamento

O novo exame poderá aumentar a eficácia e reduzir os efeitos colaterais de tratamentos com psicofármacos, analgésicos, remédios para cardiopatias, câncer, epilepsia e outras doenças. O Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP)desenvolveu um exame genético que ajuda a determinar a dose certa de medicamento para cada paciente. A velocidade com que o organismo processa ou elimina uma droga varia de pessoa para pessoa. A diferença explica porque a mesma quantidade de remédio causa efeitos adversos em alguns indivíduos e pode ser ineficaz para outros. O novo teste mostra a resposta do organismo de cada paciente a uma variedade de medicamentos – psicofármacos, analgésicos, remédios contra cardiopatias, câncer – e viabiliza oajuste personalizado da prescrição. O exame avalia os genes responsáveis pela produção de duas enzimas do fígado: a CYP2D6 e a CYP2C19. Elas atuam no metabolismo de 75%dos medicamentos. Tais genes não são iguais em todas as pessoas. Apresentam formas diferentes, conhecidas como alelos. Os pesquisadores do IPq identificam quais alelosestão presentes no genoma de cada paciente.Há uma associação direta entre o alelo encontrado e a resposta ao remédio.“A pesquisa começou com uma paciente que não melhorava com nada”, recorda Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e diretor do Laboratório de Neurociências, responsável pelo exame. Aos 10 anos, Talita (nome fictício) apresentou um quadro de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Durante sete anos, passou por sete consultórios diferentes e experimentou vários remédios. Nenhum funcionou. A família cogitou viajar aos Estados Unidos em busca de um tratamento eficaz. Dr. Gattaz sabia da existência de um exame para medir a ação das duas enzimas nos Estados Unidos, mas enviar o material seria sempre uma alternativa cara e demorada. Resolveu desenvolver teste semelhante no Laboratório de Neurociências que dirige. A coordenadora de genética do laboratório, Elida Benquique Ojopi, conduziu as pesquisas. Quando o exame ficou pronto, foi aplicado em Talita. Descobriu que ela é “metabolizadora ultrarrápida”: seu organismo elimina o remédio antes de ele exercer o efeito terapêutico. Hoje Talita toma uma dose 6 vezesmaior do que a usual sem ter efeito colateral. Há três anos não apresenta sinal da doença.“Minha filha está na faculdade, tem vida normal e muitos amigos”, conta a mãe de Talita. “Eu nunca prescreveria uma dose seis vezes maior sem o novo exame”, diz Gattaz.“Seria muito arriscado.” O metabolismo de vários antidepressivos, por exemplo, depende das duas enzimas. Estima-se que a dosagem em 25% das prescrições receberia ajustesdepois do exame genético. NO BRASIL Elida conta que médicos têm encaminhado pacientes para realizar o exame no instituto. Cerca de 250 pessoas utilizaram o serviço. Até agora, a ocorrência de alelos que não demandam correção na dosagem foi igual para os dois genes: cerca de 62% dos pacientes analisados. “Exames como esse representam o início de uma nova fase no tratamento das pessoas – a medicina personalizada”, afirma odiretor do Laboratório de Neurociências. Ele considera provável que,em um futuro próximo,as informações obtidas no teste sobre as duas enzimas farão parte do registro clínico de qualquer paciente, como hoje ocorre com outras informações como o tipo de sangue.Nos Estados Unidos, três empresas realizam o exame, que custa, em média, R$ 1.900. OIPq cobra cerca de R$ 500 pelo teste, que não recebe cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). “O dinheiro é reinvestido em pesquisas do instituto”, aponta Gattaz

quinta-feira, 23 de abril de 2009

ANTIDEPRESSIVO NOVO É APROVADO PARA TRATAR DEPRESSÃO NO ADOLESCENTE


MEDICAMENTO É APROVADO PARA O TRATAMENTO DA DEPRESSÃO
EM ADOLESCENTES

Autor : B Emma Hitt, PhD Publicado em: abril 06, 2009

DEPRESSÃO INFANTO- JUVENIL – MEDICAMENTO É APROVADO PARA O TRATAMENTO AGUDO E DE MANUTENÇÃO NA DEPRESSÃO DO ADOLESCENTE.

Medicamento foi aprovado pelo FDA para tratamento de depressão maior nas fases agudas e de manutenção da depressão em adolescentes de 12 a 17 anos. O medicamento ( Escitalopram) foi aprovado através de estudos cientificamente comprovados. Outro medicamento (Citalopram) foi testado para crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. Ambos os medicamentos mostraram-se muito eficientes através da escala que mede sintomas de depressão, a Children's Depression Rating Scale–Revised (CDRS-R), comparados ao placebo. O grupo dos adolescentes mostrou mais beneficio com o medicamento. A depressão em adolescentes representa um desafio para os especialistas devido às opções limitadas de tratamentos eficazes e bem tolerados nessa faixa etária. O escitalopram representa o segundo antidepressivo a ser aprovado para a Depressão Maior em adolescentes.
Graham Emslie, MD, professor of psychiatry at the University of Texas Southwestern Medical Center in Dallas, in an FDA news release.
Child and Adolescent Psychiatry Resource

Center Depression Resource Center FDA Approvals B Emma Hitt, PhD March 23, 2009 Escitalopram Approved for Treatment of Major Depressive Disorder in Adolescents
Postado por Evelyn

terça-feira, 21 de abril de 2009

10 top-dicas para vc discutir a relação com a sua amada!


10 top-dicas para você discutir a relação com a sua amada, sem traumas!
Siga as regras à risca e você vai ficar maravilhado – e ela, mais apaixonada!

1- NÃO INTERROMPA – ouça-a atentamente, de modo solidário e olhando em seus olhos.

2- MANTENHA A MENTE ABERTA – não julgue. Pular para conclusões precipitadas ou querer achar a saída certa ou errada impede você de ouvir adequadamente. Pense bem antes de dizer uma resposta, principalmente se for uma reação do tipo emocional.

3- OUVIR É A PRIORIDADE – ouça sem planejar no que você vai falar em retorno. Conscientize-se que você precisa ouvir. Faça contato visual. Cuidado para não prestar atenção na TV, olhar os jornais ou tentar terminar uma tarefa.

4- USE O FEEDBACK – deixe sua esposa perceber que você a compreendeu. Reinicie a sua fala pelo que ela estava dizendo, dê a ela um feedback. Diga que você gosta de ouvi-la falar, que a compreende e abra uma possibilidade de não ter entendido direito o que ela estava querendo dizer.

5- OBSERVE O NÃO-VERBAL – observe o extra verbal e dicas – tanto as suas quanto as dela. Exemplo encolher os ombros, tom de voz, cruzar pernas e braços, fazer “sim”com a cabeça, olhar nos olhos dela, expressões faciais, desviar o olhar e outros.

6- NÃO ADOTE CERTOS PADRÕES – Tente não cair em padrões como “ler a mente dela”, recitar, julgar, devanear, mudar o que ela acabou de dizer, aconselhar, brigar, achar-se o dono da verdade, mudar de assunto, ficar na defensiva, botar panos quentes etc.

7- NÃO PERCA O FOCO – foque nos pontos principais que sua esposa estiver falando. Você pode perguntar para entender melhor o que acha que ouviu.

8- A MULHER É DIFERENTE DO HOMEM – usualmente, homens e mulheres se comunicam de modo diferente. Estando consciente dessa diferença, você poderá ampliar as suas habilidades de ouvir. Os homens geralmente querem falar para dar informação ou tentar resolver o problema. Mulheres tendem a falar para se comunicar com alguém ou pedir informação. As mulheres normalmente falam mais sobre relacionamentos do que os homens. Os homens são geralmente mais preocupados sobre certos detalhes do que as mulheres.

9- MOSTRE RESPEITO – respeite os pontos de vista da sua esposa, mesmo que você não concorde com o que está sendo dito.

10- CUIDADO COM OS CONSELHOS – não aconselhe a menos que ela peça. “se conselho fosse bom...”

sábado, 11 de abril de 2009

TDAH - Neurobiologia da Hiperatividade e Atenção

TDAH - Neurobiologia da Hiperatividade e Atenção
De 4 décadas para cá, as hipóteses causais do TDAH foram desde causas singulares como fatores dietéticos e exposição ao chumbo até o que se pensa hoje do TDAH como um transtorno complexo, multifatorial e causado pela confluência de inúmeros fatores de risco como o genético, ambiental, psicossocial e biológico. Estudos de neuroimagem tem mostrado alterações patológicas tanto de cunho estrutural como funcional em circuitos fronto-subcorticais-cerebelares.
Muitas das discussões sobre o diagnóstico do TDAH se originam da dificuldade de se replicarem os resultados dos inúmeros estudos sobre as diferenças no funcionamento do cérebro entre os portadores de TDAH e os não-portadores.
Uma área recente de pesquisa tem focado alteração na transmissão dopaminérgica nos gânglios da base.
Este foco na transmissão dopaminérgica alterada baseia-se nos efeitos clínicos do metilfenidato e anfetamina, ambos psicoestimulantes e que aumentam a concentração endógena de dopamina na fenda sináptica pela inibição do transportador de dopamina (DAT). Suporte para esta hipótese é dada por estudos de MRI – ressonância magnética estrutural mostrando o volume cerebral em crianças com TDAH, incluindo o nucleo caudado e cortex pré-frontal direita, regiões receptoras dopaminérgicas da substância nigra e tegmento ventral no cérebro medial.
Hiperatividade motora é sintoma proemintente do TDAH. Estudos clínicos relatam de longa data a relação entre transmissão dopaminérgica e hiperatividade.
O psiquiatra Dr Martin Teicher, PhD da Universidade de Harvard, e sua equipe, mediram a atividade motora durante testes cognitivos em meninos com TDAH. Eles observaram que o grau de atividade motora poderia estar relacionada ao fluxo sanguíneo nos gânglios da base e cerebelo.
Dr Teicher e sua equipe desenvolveram um novo método de ressonância magnética, a T2 relaxometria, para acessar indiretamente o volume sanguíneo do estriado (caudado e putamen) de meninos de 6 a 12 anos em condições basais. As crianças completaram o teste computadorizado de vigilância enquanto um sistema com raio infravermelho capturava e salvava todos os movimentos dos meninos. Os achados serviram para se determinar se havia associação entre as medidas da relaxometria e a capacidade de inibição da atividade motora durante a realização de testes monótonos mas obrigatórios.
Meninos com TDAH tiveram medidas mais altas pela relaxometria no putamen bilateralmente do que o grupo controle. Observou-se estreita correlação com a capacidade da criança ficar parada sentada e seu rendimento ao cumprir um teste computadorizado de atenção.
Tratamento diário com metilfenidato mudou significativamente os resultados da relaxometria no putamen em crianças com TDAH. As alterações se mostratam relacionadas ao fato do metilfenidato estar ou não sendo usado.
O TDAH pode estar intimamente ligado a anormalidades funcionais no putamen, totalmente envolvido na regulação da atividade motora.
Dr Teicher examinou varias áreas cerebrais enquanto os sujeitos realizavam uma atividade básica visuo-motora de resposta. Foi observado o comportamento motor durante o teste. Além do putamen, foi estudado o caudado e o tálamo. O putamen mostrou intima relação com o comportamento motor, ao contrário do caudado e do tálamo. O metilfenidato produziu efeitos consideráveis sobre atividades de atenção e concentração. Ele também aumentou o tempo gasto imóvel em 126%.

domingo, 22 de março de 2009

AUTO RELATO DE UMA PROFESSORA


O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL - COMO FICA?

"...Dr(a) Evelyn, infelizmente hoje meu aluno TDAH foi pego com intorpecentes dentro da escola, depois descobri que ele fez uso no ambiente interno da escola e que já teve 3 passagens pela DCA e em uma delas foi por latrocínio .A conduta da escola foi expulsão do aluno... Me senti incapaz de ajuda - ló , foi horrível... A polícia, ali, revistando ele ; e ele é claro até tentou fugir da polícia, pois estava portando drogas. Estou me sentindo muito triste, queria ter feito a diferença na vida deste aluno e não consegui...Sei que agora ele ficará por aí nas ruas, com os "amigos" onde ele se sente aceito e querido e longe da escola. E me pergunto: o que o sistema educacional faz por alunos assim?"
"Nada,...?"
Atenciosamente

sábado, 7 de março de 2009

AUTO RELATO DE UMA LEITORA:


AUTO RELATO DE UMA LEITORA:
Há pouco tempo, recebi o email de uma leitora que leu um dos meus artigos sobre o TDAH e escreveu o seguinte:
Idade: 42
Mensagem: A vida é assim mesmo... (ainda bem que não acreditei nisso)

... É estou aqui novamente, mais uma vez recomeçando minha vida.
Acho que o grande lance da vida é poder recomeçar sempre que achar necessário já perdi as contas de quantas vezes RECOMECEI...
Quando me deparei há dois anos atrás com a possibilidade de sofrer de Transtorno de Déficit de Atenção, confesso que senti certo alivio, pois estaria explicando tantas coisas, inclusive as “Não Terminadas”..(risos).
Mais mas uma vez estava enganada, digo isso pois os ENAGANOS com diagnóstico me acompanham a muitos anos, podemos dizer que mais ou menos há 35 anos.
Começou na infância e pelo que vejo perdurou até a vida adulta.
Terapia? Várias
Psicopedagoga? Sim.
Mudança de Escola? Várias
Psiquiatras? Muitos
Empregos: Inúmeros.Problemas na escola: Incontáveis, se hoje estou formada agradeço a infinita paciência dos meus Pais, que jamais deixaram desistir.
Um pena que não pude aproveitar o curso que fiz na faculdade da forma que poderia. Bom, continuando, o médico que me acompanhava na época em que desconfiei do Transtorno de Déficit, descartou a hipótese e como já estava em tratamento com ele e confiava achei que estava certo.
Mas o tratamento não evoluía...Acho interessante que o diagnóstico Ansiedade é igual Virose, não sabe o que é já diagnostica como Ansiedade.
Fui tratada a vida inteira como uma pessoa muita ansiosa e o resultado deste tratamento foram 30 kgs a mais; baixo rendimento escolar e profissional e um custo mensal de quase 400,00 reais mensais de remédio. E para não melhorar nem 50 % do esperado.
Você muda de médico, muda de medicação, muda de escola, muda de trabalho, tenta tudo que lhe indicam e nada, nada funciona como deveria.
Você se sente um E.T na Era da Globalização.
Aí você começa a desanimar, desistir e achar que você é assim mesmo e terá que aceitar a vida desta forma. A
h eu também escutei muito isso em terapia, “A vida é assim mesmo...”
Foi de grande valor esta informação, pois diminui bastante o custo com tratamento, parei a terapia.
Informando que desde os 12 anos de idade faço terapia, então acho que entendo um pouco como funciona um processo terapêutico.
Com tantos tratamentos você acaba conhecendo toda a família dos anti-depressivos, estabilizadores de humor, ansiolíticos e ai vai, aumenta dose, retira remédio, acrescenta um diferente e o máximo que você percebe é que sua libido desapareceu, suas roupas encolheram absurdamente.
Neste ponto o comprometimento que tudo isso causou em sua vida são incontáveis, profissional, pessoal, emocional, social e todos os AL’s que conhecemos por aí.Então um dia disse CHEGA, não quero mais viver desta forma, isso não é vida, eu mão mereço sofrer deste jeito e ter que aceitar tão passionalmente.
Bom foi quando uma pessoa aconselhou ir a um Neurologista e sem querer acabei dando risada, pois também já tinha passado por essa especialidade, mas mesmo assim a pessoa insistiu e eu resolvi tentar.Nesta altura do campeonato o que tinha a perder? Nada.
Comecei a pesquisar alguns nomes na Internet e com a ferramenta maravilhosa de busca apareceu novamente em minha tela: Transtorno de Déficit de Atenção. Pensei não é possível, será?
Achei um artigo de uma Psiquiatra do RJ ( a quem devo toda a minha gratidão) onde descrevia exatamente como eu me sentia.
Chorava copiosamente, eram todos os sentimentos misturados: Raiva, Indignação, Alivio, Desespero e por aí vai.
Imediatamente liguei para os meus pais que acompanham esta minha luta e ao lerem o artigo ficaram impressionados com tamanha semelhança com a minha história...
Isso ocorreu em Janeiro de 2009 e até a consulta com o Neurologista no inicio de Fevereiro chorava copiosamente todos os dias.
Conversei com o meu médico Homeopata e ele disse que tinha tudo haver com o meu quadro quando leu o artigo.
No início de Fevereiro fui a consulta com o Neurologista e contei toda a minha longa trajetória e mostrei o artigo que havia encontrado sobre Déficit de Atenção e ele nem pestanejou: Você possui Déficit de Atenção desde a infância e infelizmente nunca foi diagnosticado.
Ele ainda perguntou: Nunca desconfiaram? Eu disse: Não, apesar de eu ter levantado a hipótese.
Após um 1 mês iniciei a medicação, pois ele achou prudente primeiro desintoxicar da medicação anterior.
Começo a sentir pequenas diferenças, estou no inicio, dando os primeiros passos, mas um pouco mais confiante na minha intuição.
Foi ela que nunca deixou que eu desistisse da vida, pois vontade não faltou.
Este depoimento é um desabafo, um alerta para todas as pessoas que desconfiam que tenham ou que alguém próximo tenha: Não desista, confie na sua intuição, pois sem o tratamento correto a VIDA TORNA-SE INSUPORTÁVEL.
Agradecimentos:Aos meus Pais (meus tesouros mais preciosos),
a minha coordenadora ... (que me acolheu e entendeu a minha dor e dificuldade)
ao meu médico homeopata (MC) que me ouviu chorando desesperada tantas vezes,
ao meu Neurologista (Dr. FW) que acreditou na minha desconfiança de ser Déficit,
e principalmente a Deus que de tão teimoso e amoroso não deixou que eu cometesse uma besteira.
Agradecimento Especial:
A Dra. Evelyn Vinocur pelo excelente artigo, foi através deste que consegui resgatar a vontade de viver novamente!

TDAH NA ESCOLA - COMO LIDAR COM CRIANÇAS DIFÍCEIS?

"Um dos principais problemas observados no processo pedagógico são os comportamentos inadequados de alguns alunos nas diversas atividades escolares. O despreparo dos docentes para lidar com os conflitos que surgem nas salas de aula também contribui para a configuração do quadro. Além disso, geralmente, a proposta educacional da escola prevê um único tipo de enquadramento dos alunos no processo pedagógico. Por não se adequarem ao padrão pedagógico convencional, é comum que alunos com TDAH reajam negativamente, ficando inadequados(Faustino Reis e Pompêo de Camargo, 2006).Não há dúvidas quanto à importância do ambiente escolar para a formação e qualidade de vida da criança. A responsabilidade das Instituições de Ensino vai muito além do cumprimento do conteúdo programático exigido. Escola e Educador precisam estar atentos e comprometidos com o aluno, saber o seu nome, quem são seus pais, como ele se comporta na aula e assim por diante. Somente conhecendo bem o aluno, poderá o professor detectar precocemente qualquer mudança de comportamento ou algo estranho que ele venha a apresentar, inclusive nos casos de maus-tratos, onde a criança pode chegar machucada na escola ou simplesmente mudar o comportamento, ficando desatenta, inquieta ou sonolenta na aula. A Escola tem a obrigação de proteger o aluno, mas ela precisa contar com profissionais preparados para lidar com questões delicadas, como é o caso de crianças portadoras de transtornos mentais.Os programas de apoio à família são altamente eficazes, reforçam o “vínculo família-escola” e promovem a saúde escolar, levando a um aumento significativo do comprometimento entre professor e aluno. É urgente que cada escola tenha um profissional qualificado para mediar “situações-problemas”, tão logo ocorram.Quando uma criança causa problemas em sala, podemos nos deparar com situações “desconfortáveis”, como é o caso de crianças com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, que são geralmente inquietas, impulsivas e desatentas, deixando o professor sem saber o que fazer. Escolas mal informadas não sabem que a condição é um transtorno mental que precisa ser diagnosticado o quanto antes, uma vez que o tratamento precoce é bastante eficaz.Entretanto, como falamos anteriormente, as comorbidades são freqüentes no TDAH, agravando o quadro e complicando o tratamento. Cerca de 30% dos casos não se beneficia do tratamento medicamento sozinho. A criança vai precisar da avaliação e tratamento com outros profissionais.Também não podemos dispensar o tratamento aos pais, para reorganizar a dinâmica familiar que muitas vezes é caótica nesses casos. Igualmente, a avaliação dos professores daquela criança é preciosa e não pode ser dispensada. Mas parece que às vezes fica mais fácil achar que o filho é preguiçoso, rebelde e teimoso ou botar a culpa nos pais ou na escola.A verdade é que não sabemos lidar com crianças difíceis. Vamos arregaçar as mangas e ir à luta, pois as crianças precisam de nós, do nosso empenho e de que acreditemos num futuro melhor para elas.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009


TRANSTORNO BIPOLAR, as duas faces do humor
Há dias em que a euforia bate no céu. Em outros a depressão leva ao fundo do poço. A novidade sobre essa gangorra de emoções é que os cientistas confirmam a suspeita de que uma molécula presente no cérebro e no sangue pode apontar a predisposição para a doença (sim, é doença!) com boa margem de segurançaÉ como levar uma vida dupla.
Uma hora a euforia toma conta e leva o organismo ao seu limite de excitação, até mesmo sexual. É energia que não acaba mais, a ponto de o sono tornar-se quase desnecessário. Perdese a capacidade de julgamento e a autocrítica e há quem se torne irritadiço. Para descrever esse estado de ânimo os médicos utilizam o termo mania. Ela é um dos extremos de uma doença caracterizada por uma profunda instabilidade de humor, o qual oscila entre esse estado eufórico intenso e o seu oposto, a depressão.Para os portadores do transtorno bipolar doença que há poucos anos era conhecida como psicose maníaco-depressiva , encontrar o equilíbrio entre as duas pontas das emoções radicais é como tentar andar sobre um terreno movediço. "É o pessoal do oito ou 80", resume o psiquiatra Diogo Lara, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e autor de Temperamento Forte e Bipolaridade. "Diferentemente de quem tem um humor saudável, os que sofrem desse transtorno não costumam ser previsíveis ou flexíveis nem respondem com proporcionalidade aos estímulos." Acredita- se que 1% da população mundial conviva com o tipo 1 da doença, considerado o mais grave.Pode até parecer pouco, mas na verdade o transtorno bipolar é um tormento para muito mais gente. Estima-se que cerca de 5% das pessoas tenham instabilidades de humor em algum grau. Feitos os cálculos, os brasileiros alterados somam aproximadamente 9 milhões. Muitos deles nem sabem do próprio distúrbio. Outros, ainda pior, são tratados da maneira errada. "Nesse caso o diagnóstico costuma ser esquizofrenia ou simplesmente depressão", conta o psiquiatra Jair Soares, chefe da Divisão de Transtornos do Humor e Ansiedade da Universidade do Texas em San Antonio, nos Estados Unidos.Sabe-se que essa é uma doença em grande parte determinada pelo histórico familiar. Uma criança que tem um dos pais com transtorno bipolar apresenta uma probabilidade de 15% a 20% de manifestar o mesmo problema. Um estudo, realizado com gêmeos idênticos, mostrou ainda que, se um deles tem a doença, o risco de o outro também vir a ser uma vítima é de 80%.A mais recente descoberta sobre a origem do mal vem de um grupo de pesquisa do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Os cientistas andavam em busca de uma pista sobre a relação entre o transtorno bipolar e a molécula BDNF (sigla em inglês para fator neurotrófico derivado do cérebro), cuja atuação na memória já era bem conhecida. As evidências dessa ligação ficaram muito claras em seu estudo.
O trabalho mostrou que os bipolares têm menos BDNF no sangue do que as pessoas normais. "E notamos que, quanto menores os teores no sangue, maior a gravidade da doença", revela um dos autores do trabalho, o psiquiatra Flávio Kapczinski, responsável pelo Laboratório de Psiquiatria Experimental do hospital gaúcho. Como os níveis dessa molécula são ditados pela genética, a esperança é de que ela possa vir a ser um marcador da doença. O teste ainda é experimental, mas deverá se tornar rotina médica nos próximos anos.Igual a todo distúrbio da mente humana, porém, a bipolaridade também é determinada pela maneira como lidamos com as adversidades. "Muitas vezes podese até herdar o gene que leva a uma predisposição, mas, sem um evento estressante, o transtorno não se desenvolve", afirma o psiquiatra Beny Lafer, professor da Universidade de São Paulo e coordenador do grupo de pesquisa em transtorno bipolar do Hospital das Clínicas da capital paulista. "Em caso de estresse emocional ou abuso de drogas, os riscos ficam de quatro a cinco vezes maiores."O problema geralmente dá as caras no final da adolescência e no início da vida adulta, mas a meninada menor também é alvo. Na infância, aliás, não raro ele é confundido com distúrbio do déficit de atenção e hiperatividade. "Crianças diagnosticadas assim, mas que não respondem ao tratamento, podem ter na realidade o transtorno bipolar", garante Jair Soares. Descobrir a doença cedo e controlá-la o quanto antes ajuda seu portador a levar uma vida normal. É o que você verá nas páginas seguintes.As oscilações do humor podem ser trágicas. Uma depressão prolongada, daquelas que chegam a durar meses ou mesmo anos, muitas vezes são o estopim de uma tentativa de suicídio. No outro extremo, o da mania, algumas semanas de crise são suficientes para pôr toda uma vida a perder. Relações são desfeitas e o dinheiro economizado por décadas, torrado em poucos dias. Não precisa ser assim. O.k., não há cura para o transtorno bipolar mas, como outras doenças crônicas, trata-se de um mal controlável.Em casos de bipolaridade, os remédios conhecidos como estabilizadores do humor são fundamentais para o tratamento do tipo 1 e para alguns pacientes do tipo 2, como os médicos chamam uma forma mais moderada do transtorno. Qualquer que seja o tipo, porém, o maior problema costuma ser a resistência do paciente a tomar os medicamentos. Um dos motivos está nos efeitos colaterais. O lítio, por exemplo, que ainda é uma das drogas mais usadas, pode provocar ganho de peso, tremores, aumento do apetite e retenção de líquido um sufoco que, parece, as mulheres têm ainda mais dificuldade para enfrentar. "Mesmo assim, os benefícios são muito maiores do que os efeitos colaterais", opina Beny Lafer, da USP.No entanto, é bom que fique claro: nenhum remédio, sozinho, opera milagres. Ele pode restaurar o equilíbrio químico dentro do cérebro, mas e as emoções? Hoje, até os cartesianos mais ferrenhos já deixaram de considerar a mente e o corpo como estruturas absolutamente separadas. No caso do transtorno bipolar, diga-se, estão intimamente ligadas. E é aí que entra a psicoterapia, como peça fundamental do tratamento dos bipolares. "Aliás, não se trata de uma doença mental apenas, mas um mal sistêmico que afeta o indivíduo como um todo. Esse paciente requer uma equipe multidisciplinar", defende Flávio Kapczinski.Prova disso é que, em uma das pesquisas realizadas pela equipe de Kapczinski, descobriu-se que os pacientes bipolares têm no cérebro uma quantidade menor de enzimas antioxidantes em comparação com o resto da população. Essas substâncias são essenciais para a manutenção da saúde ao evitar mutações genéticas que podem dar início ao câncer, por exemplo. "Não é por acaso que os bipolares têm maior incidência de morte por tumores, doenças cardiovasculares e diabete", acredita o psiquiatra. "Estamos em busca de métodos que permitam aos pacientes ficar livres não só das alterações do ânimo, mas de outros danos."Doença do corpo e da mente, a bipolaridade também pode se enquadrar em outra categoria, a de doença social. Afinal de contas, muitas vezes não é o transtorno em si o que mais preocupa os pacientes, mas a reação das outras pessoas. Em outras palavras, é preconceito mesmo. E contra isso muitas vezes o melhor antídoto é fazer parte de um grupo. "O convívio social faz parte da terapia porque o doente discute situações comuns a todos os portadores. E um ajuda o outro", conta Silvio Esteves, presidente da Stabilitas, organização que reúne cerca de 400 bipolares em Porto Alegre. Ora, se a vida é dupla e a doença é tripla, a conta só fecha porque as soluções são múltiplas.O SOBE-E-DESCE DAS EMOÇÕESAs fases eufóricas são chamadas de mania. As mais brandas, de hipomania. Podem durar de alguns dias até longos meses, assim como as fases da depressão. No gráfico abaixo, repare que, quanto mais perto do centro, mais equilibrado é o humor.